Cuidado com o uso de isotônicos no verão
O calor da estação e o gasto de energia durante a prática de atividades físicas aumentam a necessidade de hidratação
Durante o verão, é bastante comum que as pessoas pratiquem esportes e atividades físicas a fim de manterem o corpo em dia para aproveitar a estação. A junção do calor, típico da época, e do gasto de energia durante a realização dos exercícios aumenta a necessidade de hidratação. Uma alternativa para repor tudo o que é perdido durante a prática são os isotônicos. Com sabores diversos e encontrados com facilidade, o consumo desses produtos tem se tornado mais comum ao longo dos anos.
De acordo com levantamento realizado em 2018 pela Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (ABIR), o mercado brasileiro é responsável por consumir mais de 106 milhões de litros de isotônicos por ano. Em 2010, o consumo estava na marca de 97.137 milhões de litros. O jornalista Robson Santos, 25, fazia muito uso de isotônicos, em praticamente todas as atividades físicas que realizava. “Quando saía da academia, quando corria e quando jogava bola nos fins de semana. Sempre após todas as atividades, eu bebia uma garrafinha”, disse.
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A personal trainer Juliana Nobre explica que o uso de isotônicos deve ser feito durante a prática de exercícios físicos intensos, principalmente no dias de calor, quando a quantidade de transpiração é maior e, como consequência, ocorre uma maior desidratação e perda de sais minerais e eletrólitos do organismo. “Os isotônicos ajudam a repor esses componentes, já que eles têm a composição parecida com a dos fluidos do nosso corpo, como água, sais minerais, vitaminas e carboidratos. Eles também são úteis na reposição de energia do atleta, evitando a fadiga muscular”, esclareceu Juliana.
Para o consumo adequado, Nobre recomenda que esse uso seja feito seguindo a orientação de um profissional responsável pela alimentação. “Além da quantidade necessária para o seu organismo, esse especialista vai saber se a pessoa realmente necessita desse tipo de reposição”, complementou a personal. O nutrólogo Diego Pascaretta indica que o uso de isotônicos seja feito de forma associada com uma boa alimentação e com uma hidratação à base de água. “É fundamental que o consumo de isotônicos não anule a ingestão de água, porque mantém a hidratação do corpo em dia, mas não garante a reposição de energia e de íons que são perdidos durante a prática de atividade física”, disse o médico especialista em nutrologia.
Na hora de escolher o melhor isotônico, Casparetta dá algumas dicas. “São muitos tipos disponíveis no mercado, mas é importante olhar a quantidade de calorias de cada um, quantidade de sódio, e sempre optar pelos menos coloridos, porque têm menos corantes. Os mais clarinhos são os melhores”, indicou Diego.
Para quem busca uma opção menos industrializada, uma alternativa bacana e barata é a água de côco. “Dos isotônicos naturais, a água de côco é o melhor deles. Além da energia, ela repõe magnésio, potássio, sódio e tem muito menos açúcar, consequentemente menos calorias do que as bebidas industrializadas. A água de côco também é livremente indicada para quem não é atleta de alto rendimento, mas que deseja simplesmente sair do sedentarismo”, finalizou Juliana Nobre.
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