A cultura sofreu (e muito) com a pandemia do novo coronavírus
Sem festejos juninos, festivais e shows, as lives ganharam força e deram sobrevidas a um calendário tomado por cancelamentos
Atípico, estranho, excepcional, bizarro. São incontáveis as definições do que foi 2020 para todos os povos, segmentos e, claro, para a Cultura, que com o reforço de uma pandemia sem precedentes, precisou ser (re)inventada. Sem festejos juninos, festivais e shows, as lives ganharam força e deram sobrevidas a um calendário tomado por cancelamentos. Teatro e cinema seguiram o mesmo caminho das transmissões ao vivo, ao mesmo tempo em que o streaming foi o mais favorecido neste imbróglio, ganhando ainda mais protagonismo no lançamento de filmes que passaram direto para as plataformas.
Já Aldir Blanc, em memória, segue com os lampejos de luz no fim do túnel de artistas, produtores e outros tantos, dando nome a uma lei que de forma emergencial aliviou os ânimos. Por falar em Aldir... ele se somou a outras milhares de vidas subtraídas pela Covid-19.
Entre os pouquíssimos deleites de 2020, a consagração da escritora pernambucana Cida Pedrosa e do seu “Jabuti” de Poesia e Livro do ano, além de um de nossos hors concours em afetividade, enquanto equipamento cultural: o Teatro do Parque, de volta depois de uma década fechado. Existem alentos em meio a devastações.