Coronavírus

Biden critica 'atraso' do plano de vacinação de Trump nos EUA

Falando após uma reunião com especialistas, Biden prometeu que, como presidente, assumirá o "maior desafio operacional que já enfrentamos como nação"

Presidente dos Estados Unidas, Joe Biden - Alex Edelman / AFP

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou nesta terça-feira (29) o avanço do plano de vacinação contra o Covid-19 do governo de Donald Trump e afirmou que está com muito "atraso". 

Falando após uma reunião com especialistas, Biden prometeu que, como presidente, assumirá o "maior desafio operacional que já enfrentamos como nação" para vacinar contra a doença que tirou mais de 1,7 milhão de vidas em todo o mundo.

"O plano do governo de Trump para distribuir as vacinas está com atraso, com muito atraso", disse Biden, em um discurso sobre a pandemia, no qual prometeu "mover céu, mar e terra para avançar na direção correta".

 

A administração de Trump havia previsto que 20 milhões de americanos seriam vacinados até o final de dezembro. Com menos de três dias restantes, cerca de 2 milhões receberam a primeira dose da vacina, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

Biden, que assume a presidência em 20 de janeiro, confirmou que invocaria a Lei de Produção de Defesa da época da Guerra da Coreia para forçar a indústria privada a aumentar a produção de vacinas para o governo.

Ele também implorou que os americanos usem máscaras para conter a disseminação da Covid-19 e disse que irá impor um mandato para coberturas faciais em áreas onde o governo federal tem jurisdição, como aviões.

"Estamos planejando um esforço de todo o governo e vamos trabalhar para criar locais de vacinação e enviar unidades móveis para comunidades de difícil alcance", disse Biden.

Ele expressou confiança de um retorno à normalidade em 2021 - mas não imediatamente.

"Podemos não ver melhorias até março, pois levará algum tempo para que nosso plano de resposta da covid comece a produzir um progresso visível", disse Biden.

"As próximas semanas e meses serão muito difíceis - um período muito difícil para nossa nação, talvez o mais difícil durante toda esta pandemia."