Gaúcho, operador de câmera do Faustão, morre vítima da Covid-19
Raimundo da Silva teve duas paradas cardíacas e não resistiu
O operador de câmera Ivalino Raimundo da Silva, mais conhecido como Gaúcho, que trabalhou no Domingão do Faustão (Globo) por sete anos, morreu no dia 28 de dezembro, aos 81 anos, por complicações da Covid-19.
Segundo a sua família, ele teve duas paradas cardíacas e não resistiu. Ele deixa mulher, quatro filhos, quatro netos e um bisneto.
"Ele vinha sofrendo de Mal de Parkinson há 24 anos, desde que saiu da TV Globo, em 1996. Apesar de ser uma doença progressiva, ele levava uma vida normal. Mas no final de 2019 ele teve um problema pulmonar e foi internado. A partir dessa internação, ele ficou debilitado e, desde então, tinha o tratamento de home care", disse sua esposa, Ruth Pereira, à Quem.
Ela continua ao dizer que ele não tinha mais nenhum problema clínico, mas ficou com a fala prejudicada. Desde então, tinha uma alimentação especial. "A grande dúvida é sobre como ele pegou Covid. Porque seguíamos todos os protocolos, o uso de máscara, álcool gel, isolamento. Ele foi para o hospital porque apresentou um problema no pulmão", afirmou.
"Lá, o primeiro teste para Covid deu negativo, já o segundo, positivo. O problema pulmonar se agravou e a médica entrou com a medicação usada para o novo coronavírus", disse.
O profissional trabalhou no Domingão de 1989 a 1996 e era conhecido por nunca mostrar o sorriso. Mas engana-se quem pensa que ele não era alegre. "Ele era uma pessoa doce e alegre. Mas criou aquele personagem para o Faustão porque não queria uma interferência, ele era tímido, queria ficar quieto. E o Faustão cresceu na brincadeira", disse.