Apoiadora de Trump morta pela polícia do Capitólio era veterana da Força Aérea e defendia teoria QAn
Ashli Babbitt chegou a ser socorrida e levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos
Uma das quatro pessoas que morreram durante a invasão de extremistas ao prédio do Congresso dos Estados Unidos nesta quarta-feira (6) era uma veterana da Força Aérea americana e apoiadora fervorosa do presidente Donald Trump.
Ashli Babbitt, 35, morreu depois de ser baleada por um agente da polícia do Capitólio enquanto tentava passar por cima de uma barreira de móveis empilhados para entrar em um dos salões do Congresso.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, é possível ver que um grupo tentava forçar uma porta com vidros quebrados que estava bloqueada por cadeiras e mesas. Uma mulher tenta passar pela barreira e um dos policiais atira contra ela.
Ela chegou a ser socorrida e levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
As autoridades não identificaram oficialmente nenhuma das vítimas, mas diferentes veículos da imprensa americana confirmaram que a mulher baleada na sede do Congresso era Ashli Babbitt.
De acordo com o jornal Washington Post, que entrevistou o ex-marido de Babbitt, ela era natural de San Diego, na Califórnia, veterana da Força Aérea americana e uma ferrenha defensora de Trump.
Em suas redes sociais, Babbitt expressava apoio fervoroso ao presidente rebublicano e ecoava falsas alegações de fraude generalizada nas eleições americanas.
Em uma das publicações, no início de setembro, ela publicou uma foto no Twitter em que vestia uma camiseta com a frase "We are Q" (nós somos Q), em referência ao movimento QAnon, uma teoria segundo a qual Trump combate uma seita de pedófilos adoradores de Satanás que controla o mundo.
O chefe do departamento de polícia de Washington, Robert Contee, afirmou que outras três mortes (dois homens e uma mulher) foram registradas nos arredores do Capitólio. Ele disse que esses óbitos decorreram de "emergências médicas", sem oferecer mais detalhes.
Ainda segundo Contee, ao menos 14 policiais ficaram feridos, um deles em situação grave, durante os confrontos no Congresso. Ele também informou que 52 pessoas foram presas, 47 delas por desrespeitar o toque de recolher em vigor desde as 18h locais (20h em Brasília).