Covid-19

UFPE espera receber doses de vacinas em fevereiro

Reitor espera receber doses das vacinas - Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) espera começar a receber doses das vacinas contra a Covid-19 em fevereiro. Nesta segunda-feira (11), a instituição anunciou que ofereceu à União e ao Governo de Pernambuco infraestrutura com oito ultrafreezers e dez câmaras frias para armazenar cerca de um milhão de doses. Além disso, se colocou à disposição para virar ponto de vacinação nos campi Recife, Vitória e Caruaru.

A UFPE encaminhou ofício com a oferta, na última sexta-feira (8), ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello; à superintendente do Ministério da Saúde em Pernambuco, Ana Paula Amorim Batista; ao governador do Estado, Paulo Câmara; e ao secretário estadual de Saúde, André Longo. Agora, a universidade espera uma resposta das autoridades para planejar o recebimento das doses e também se organizar quanto ao início da vacinação. 

"Estamos com uma capacidade inicial para fevereiro de um milhão de doses. Isso é importante, pois tem um grande fluxo de pessoas aqui na universidade e também no entorno. É fundamental que tenhamos uma estrutura dessa para dar um salto de qualidade no enfrentamento à Covid-19 e, obviamente, salvar vidas, promover qualidade de vida, e promover também estruturas de serviços no Estado", falou o reitor da instituição, Alfredo Gomes, à Folha de Pernambuco. 

"Pernambuco precisa ter uma infraestrutura bem montada, adequada, para quando o processo for iniciado a gente possa realizá-lo sem nenhum problema", destacou o gestor.

Segundo a instituição, os ultrafreezers de 728 litros podem atingir temperaturas de até -80ºC e são certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Já as câmaras frias podem acondicionar as vacinas entre 2ºC e 8ºC. A rede deve ser disponibilizada pela UFPE até fevereiro. 

A infraestrutura para armazenamento das doses das vacinas contra a Covid-19 é um dos maiores desafios logísticos das campanhas de vacinação em massa contra a doença em todo o mundo. Isso porque a maioria dos imunizantes em produção demanda baixas ou baixíssimas temperaturas. A vacina produzida pela Pfizer/Biontech, a primeira a ser distribuída no mundo ocidental, por exemplo, deve ser guardada a -70ºC.

Desde o início da pandemia do coronavírus, a UFPE já realizou mais de 64 mil testes diagnósticos do tipo RT-PCR para 128 municípios pernambucanos, o que, ressalta a universidade, reforça o papel da instituição no enfrentamento à pandemia.