Televisão

'Populariza última obra de Fernanda Young', diz Eduardo Sterblitch sobre 'Shipados'

Ator afirma que desenvolve projetos durante o isolamento para não 'enlouquecer'

Eduardo Sterblitch e Tatá Werneck - Reprodução/Instagram

Com Tatá Werneck e Eduardo Sterblitch no papel de um casal imperfeito em busca de amor, estreia nesta terça-feira (12) na Globo "Shippados", série que desde julho de 2019 está disponível no catálogo do Globoplay.

A produção é escrita por Alexandre Machado com a mulher, Fernanda Young, que morreu em setembro de 2019. Sterblitch diz que ficou animado com a oportunidade de popularizar a última obra da escritora. "Vai dar para matar um pouco da saudade dela."

Na comédia romântica, ele é Enzo, um jovem metódico e neurótico que se frustra constantemente ao tentar encontrar a sua cara-metade em aplicativos de relacionamentos. Esse é o mesmo dilema de Rita, papel de Tatá Werneck, uma sincera atendente do balcão de informações de um supermercado, que mora com a mãe e acredita que o pai a abandonou por conta de sua tosse incessante quando criança.

Em um desses encontros desastrados, Rita e Enzo se conhecem. A partir daí, eles começam a descobrir algo em comum: o azar no amor, mas a persistência de achar alguém. O elenco da série traz outros nomes do humor brasileiro como Rafael Queiroga, Júlia Rabello, Luís Lobianco e outros.

Com pessoas naturalmente engraçadas ao redor e um clima amistoso de gravação, Sterblitch diz que o mais desafiador de interpretar Enzo era conseguir se concentrar ou ficar triste. Sim, porque, embora seja uma comédia, "Shippados" tem seus momentos de drama. "Ao mesmo tempo, todos eles [os colegas de elenco] são sérios também. Existia um bom senso de entender a hora que era para acabar com a brincadeira, e se concentrar", diz.

Uma das reações que mais recebeu do público, conta o ator, foi a surpresa com a parceria romântica na série entre ele e Tatá. "As pessoas falam que acham muito legal e não esperavam a gente fazendo dessa forma." Outro ponto que "Shippados" tem recebido elogios, diz Sterblitch, é pela trilha sonora, composta de músicas nacionais de artistas como Vanguart, O Terno, Los Hermanos, Elza Soares, Nação Zumbi, Céu e Maglore. "Se você não estiver gostando da série, por exemplo, você pode deixar ela passando para ouvir as músicas, e já estará bem servido", brinca.

Segunda temporada?

Segundo o colunista Fefito, do UOL, antes de morrer, Fernanda Young já tinha escrito cerca de metade dos episódios segunda temporada de "Shippados", ao lado de Alexandre Machado, que decidiu seguir o trabalho. A Globo ainda não confirma a sequência.

Sterblitch diz que torce pela continuação, mas prefere não pensar muito nisso para não ficar ansioso. "Está nas mãos do público", diz.

"A minha preocupação sempre é trabalhar o mais atento possível, o mais dedicado para entregar o melhor meu possível dentro daquele lugar. O resultado a gente não tem controle. A gente faz um bom sanduíche se alguém vai comer, se alguém vai comprar, se alguém vai elogiar, aí já é com o acaso", afirma.

O ator estourou na TV no extinto Pânico, humorístico em que interpretou diversos personagens, o mais famoso deles Freddie Mercury Prateado. Em 2019 e 2020, ele foi elogiado por sua atuação como o caipira Zeca, de "Éramos Seis", em sua estreia na teledramaturgia da Globo.

Questionado se gostaria de fazer uma nova novela, o ator afirma que o mais importante para ele é o papel oferecido. "Eu sempre gosto de compor personagem, se tiver a possibilidade de fazer um bom personagem, sempre vou me interessar, independente do veículo."