Grande Recife registrou inflação de 1,6% em dezembro, maior índice em cinco anos
Os dados foram divulgados pelo IBGE na última terça-feira (12) e revelam que a inflação na RMR ficou acima da média nacional em 2020
Impulsionada pelo setor de Habitação, a inflação na Região Metropolitana do Recife registrou, em dezembro, a sua maior variação mensal desde fevereiro de 2015. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, foi de 1,6%, quase o dobro do segundo maior índice registrado em 2020: 0,82% em outubro. O resultado na RMR foi o quarto maior entre as 16 localidades pesquisadas pelo instituto, ficando acima da média nacional, que registrou avanço de 1,35%.
O índice da RMR também foi superior ao do Brasil no acumulado de janeiro a dezembro. A capital pernambucana fechou 2020 com inflação de 5,66%, a quinta maior do país. Já o acumulado nacional foi de 4,52%. Em 2019, o índice na RMR foi de 3,71%.
O setor que registrou maior alta em dezembro foi o de Habitação, 3,70%. Em seguida, está Transportes, cuja alta foi de 2,4%, puxada pelo aumento de 44,19% das passagens aéreas, o maior entre as cidades e regiões metropolitanas pesquisadas. O segmento de Alimentos e bebidas aparece na terceira posição com avanço de 1,67%. O setor teve a maior alta de preços em 2020, registrando crescimento de 13,66% no acumulado de janeiro a dezembro. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas o setor de Educação registrou queda: -0,01%.
Os cinco principais “vilões” da inflação em dezembro foram as passagens aéreas (44,19%), o transporte por aplicativos (19,5%), alface (13,25%), melão (11,56%) e a maçã (10,42%). Por outro lado, a maior queda de preço em dezembro ficou por conta da reforma de estofados, que passou a custar -10,10% a menos em relação a novembro. Dois alimentos vêm na sequência: o fígado (-7,28%) e o alho (-6,64%).
No acumulado do ano, a mercadoria que mais aumentou de preço foi o óleo de soja. O preço do produto mais que dobrou em 2020, registrando aumento de 104,40%. O arroz vem em seguida, com alta de 70,12%. O tomate, cujo avanço no preço foi de 62,66%, está em terceiro lugar.