Além da preparação para provas, Enem vai exigir medidas de prevenção contra o novo coronavírus
Estudantes que vão participar do exame, que terá a primeira aplicada neste domingo (17), precisam estar atentos à estrutura da sala de aplicação da prova
Diante da pandemia do novo coronavírus que marcou o ano de 2020, alunos de todo Brasil passaram por extremas dificuldades na preparação que os levaram até o dia de realização da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Esse ano o exame vai ser excepcionalmente marcado por preocupações além do resultado da nota. Assim como o preparo com as 180 questões e a redação, os quase 6 milhões que farão a prova neste e no próximo domingo, também deverão ter alguns cuidados adicionais no dia da avaliação.
As recomendações normais – como o uso de caneta preta de corpo transparente e o porte da identidade - são necessárias, porém ficam em segundo plano quando se fala de Enem em tempos pandêmicos. O uso adequado da máscara de proteção e a higienização constante do álcool 70% tomam a frente. É ideal que a máscara tenha aprovação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para que se consiga garantir uma proteção efetiva, assim como seu ajuste adequado ao rosto.
Nesta edição novas medidas para lidar com a situação de exposição foram tomadas ao longo das cinco horas de prova, como por exemplo o distanciamento social, a redução em 50% da capacidade de ocupação das salas, assim como o aumento nos números de salas distribuídas nos locais de prova.
O médico infectologista, Bruno Ishigami, destaca o cuidado sobre a transmissão do vírus por pequenas partículas. “A falta de infraestrutura adequada coloca os pacientes em risco a partir de que, já está muito bem estabelecido que o vírus se transmite por via aérea e tem surgido muitos estudos que falam em transmissão por aerossóis, que são partículas menores, e, para garantir que esses aerossóis dispersem do ambiente mais rapidamente, é preciso um lugar ventilado”
O infectologista salienta também a importância de ambientes ventilados na hora da prova, para diminuir a maior contaminação pelo vírus. “Se o lugar não é arejado, há uma chance maior de contaminação. O ideal é utilizar ventilador e se possível colocar os equipamentos próximo às janelas, para funcionar como exaustor e possibilitar a circulação do ar que está lá dentro. E, se possível, não utilizar ar-condicionado, pois o ar vai ficar circulando dentro da sala e a chance de contaminação se torna altíssima.”
Reforço no transporte
Com a realização do exame, naturalmente o transporte público recebe um número maior de pessoas se deslocando para locais de prova. Com isso é necessário um reforço maior nas frotas de ônibus que cortam a Região Metropolitana do Recife. No total, 15 linhas terão à disposição 68 ônibus que farão 648 viagens. Segundo o Grande Recife Consórcio de Transporte, o quantitativo representa 15 veículos e 88 viagens a mais do que os domingos sem a operação especial.