Número de mortes em terremoto na Indonésia sobe para 56
Tremor foi registrado sexta-feira à noite na Ilha de Celebes
O número de mortes em consequência do tremor de terra registrado na última sexta-feira (15) na Ilha de Celebes, na Indonésia, subiu para 56, informaram neste domingo (17) as autoridades, acrescentando que prosseguem as buscas de sobreviventes nos escombros. O último balanço indicava 42 mortos.
O terremoto, com magnitude 6,2 na escala Richter, ocorreu durante a noite de sexta-feira, deixando ainda milhares de pessoas desalojadas e centenas de feridos.
Dezenas de corpos foram retirados dos escombros de edifícios em Mamuju, capital da província, onde um hospital desabou. Houve vítimas também ao sul da região, após forte réplica na manhã de sábado (16).
Aviões e barcos entregaram mantimentos e equipamentos de urgência na ilha, e a Marinha enviou um navio médico para ajudar os hospitais ainda em funcionamento, em colapso pelo número de feridos.
Milhares de pessoas ficaram desalojadas. Mesmo quem não teve a moradia atingida, não quer regressar, temendo novas réplicas ou um tsunami como o de 2018, que fez mais de 4 mil mortos.
"É melhor abrigarmo-nos caso aconteça alguma coisa pior", disse um habitante de Mamuju, Abdul Wahab, refugiado numa tenda com a mulher e os quatro filhos, incluindo um bebê. "Esperamos que o governo possa enviar-nos rapidamente ajuda, alimentos, medicamentos e leite para as crianças", apelou, em declarações AFP.
A situação é agravada pela pandemia do novo coronavírus, com as autoridades temendo a transmissão da doença nos acampamentos lotados.
O tremor, com magnitude de 6,2, segundo o Instituto norte-americano de Geofísica, teve o epicentro 36 quilômetros (km) ao sul de Mamuju, e profundidade de 18 km.
Desabamentos causados pelo terremoto cortaram o acesso a uma das principais estradas da província.
O sismo também causou danos no aeroporto local, num hotel e na sede do governo. Parte da localidade continua sem eletricidade.
A agência norte-americana alertou para o perigo de réplicas, "que poderão ser tão ou mais fortes" que o sismo registado, disse a responsável, Dwikorita Karnawati, pedindo aos habitantes que se afastem do mar, por haver risco de tsunami.
O forte sismo provocou pânico na ilha, já abalada em setembro de 2018 por um terremoto de magnitude 7,5, seguido tsunami devastador, que deixou 4.300 mortos e desaparecidos e pelo menos 170 mil desalojados.