Política norte-americana

Twitter suspende conta de congressista de extrema direita nos EUA

Marjorie Taylor Greene não esconde sua afinidade com movimentos conspiratórios

Marjorie Taylor Greene, congressista republicana de extrema direita - SAUL LOEB / AFP

O Twitter suspendeu temporariamente, no domingo (17), a conta da congressista republicana de extrema direita Marjorie Taylor Greene, uma defensora das teorias da conspiração, por violar as regras de integridade de discurso nesta rede social - informaram o Twitter e o gabinete da representante.
 
Marjorie, uma deputada novata da Geórgia que não esconde sua afinidade com o movimento conspiratório QAnon, tuitou no domingo passado sobre as eleições para o Senado estadual, alegando fraude.
 
As mensagens de Marjorie foram, então, marcadas com uma menção especial no Twitter: "Esta alegação de fraude eleitoral está em xeque, e este tuíte não pode ser respondido, retuitado, ou curtido, devido ao risco de violência".
 
Na tarde de domingo, o Twitter decidiu suspender a congressista por 12 horas.
 
"A conta em questão foi temporariamente suspensa por múltiplas violações de nossas regras éticas", disse um porta-voz do Twitter à AFP por e-mail.
 
A iniciativa é a mais recente de uma série de esforços dos gigantes da tecnologia para purgar suas plataformas de extremistas pró-Trump, após os violentos incidentes no Capitólio em 6 de janeiro. 
 
Dois dias depois dos distúrbios, nos quais apoiadores de Trump invadiram prédios do Congresso, o Twitter suspendeu permanentemente a conta do presidente. Em sua conta em sua rede social favorita, Trump tinha mais de 88 milhões de seguidores. 
 
O Twitter também removeu 70.000 contas de afiliados da QAnon no último fim de semana.


Já o Facebook se comprometeu a eliminar todas as mensagens relacionadas ao slogan "Stop the Steal" ("Parem o roubo", em tradução livre) - que se refere a uma suposta fraude eleitoral em detrimento de Trump nas eleições presidenciais de novembro - e suspendeu o perfil do inquilino da Casa Branca por tempo indeterminado.
 
Google e Apple excluíram a rede social Parler de suas plataformas de download de aplicativos. E a Amazon fez questão de expulsar esta rede conservadora, popular entre os apoiadores de Donald Trump, de seus servidores, o que equivale a retirá-la da Internet.