União Europeia pretende vacinar 70% da população adulta até o verão
Bloco iniciou suas campanhas de inoculação há três semanas, e para isso aprovou duas vacinas
A União Europeia pretende vacinar 70% de sua população adulta contra Covid-19 até o final do verão boreal deste ano, informou a comissária europeia de Saúde, Stella Kyriakides, nesta terça-feira (19).
Esse objetivo, acordado em reunião do colégio de comissários da UE, foi adotado em um momento em que a maioria dos Estados membros do bloco lutam para impulsionar seus programas de vacinação.
A UE iniciou suas campanhas de inoculação há três semanas, e para isso aprovou duas vacinas - a da Pfizer/BioNTech e a da Moderna - embora outras devam ser autorizadas em breve, mas o ritmo está claramente atrasado em relação aos Estados Unidos, Reino Unido, Israel ou Emirados Árabes Unidos.
Kyriakides disse em coletiva de imprensa que a estratégia de compra conjunta da UE significa que já existem doses suficientes para vacinar 80% dos 450 milhões de habitantes do bloco.
No entanto, admitiu que “a vacinação tem que ser acelerada”.
“É por isso que pedimos aos Estados que cumpram as metas de vacinação que nos propusemos: 80% do pessoal da saúde e assistência social e pessoas com mais de 80 anos em março e um mínimo de 70% dos adultos até o verão (boreal)", adicionou.
Questionada anteriormente no Parlamento Europeu sobre a lentidão das vacinações, Kyriakides disse que "o gargalo no momento não está no número de pedidos que foram feitos, mas na escassez global de capacidade de produção".
Ela também observou que se todas as vacinas que a UE garantiu com antecedência forem autorizadas, o bloco teria mais de 2 bilhões de doses disponíveis.
As doses excedentes seriam fornecidas a países de baixa renda fora da UE por meio de um programa da Organização Mundial da Saúde (OMS) chamado COVAX, disse.
Os eurodeputados, por sua vez, insistiam nas cláusulas de confidencialidade exigidas pelos fabricantes de vacinas nos seus contratos com a UE, que mantinham em segredo preços, termos de responsabilidade e contingências por atrasos nas entregas.
Além disso, eles evitaram a supervisão parlamentar.
Kyriakides disse que aceita essa preocupação, mas acrescentou que a Comissão Europeia já está vinculada a essas cláusulas.