Reino Unido registra recorde de 1.610 mortes por Covid-19 em 24 horas
Desde o início da pandemia, o governo britânico já contabilizou 91.470 pessoas mortas pelo coronavírus
O Reino Unido registrou 1.610 novas mortes nesta terça-feira (19), um recorde diário desde o início da pandemia que já matou 91.470 pessoas no país. O número de casos registrados em 24 horas foi de 33.355, segundo dados oficiais do governo britânico, uma queda considerável em relação aos quase 60 mil diários registrados recentemente.
Desde o início da pandemia, o Reino Unido registrou 3,46 milhões de casos positivos. O país mais atingido pelo coronavírus na Europa enfrenta uma terceira onda de infecções atribuídas a uma variante muito mais transmissível. Nesse contexto, os governos das quatro nações que compõem o Reino Unido decidiram reconfinar suas populações pela terceira vez e fechar as escolas, enquanto realizam uma campanha massiva de vacinação: 4,2 milhões de pessoas já receberam a primeira dose.
Na Escócia, embora as restrições "estejam começando mostrar resultados", o bloqueio inicialmente planejado até o final de janeiro vai continuar "pelo menos até meados de fevereiro", anunciou a primeira-ministra Nicola Sturgeon nesta terça-feira. Na Inglaterra, a mais populosa das quatro nações, com 56 milhões de habitantes, o bloqueio deve vigorar legalmente até 31 de março, mas o governo de Boris Johnson planeja uma revisão em meados de fevereiro.
Uma em cada oito
De acordo com um estudo oficial do Office for National Statistics (ONS) divulgado nesta terça-feira, uma em cada oito pessoas na Inglaterra contraiu o coronavírus em dezembro, um aumento acentuado em relação ao mês anterior (1 em 11). No mesmo período, uma em cada 10 pessoas no País de Gales, uma em 13 na Irlanda do Norte e uma em 11 na Escócia contraíram o vírus.
O ONS se baseou em testes de anticorpos realizados de forma aleatória na população, permitindo a identificação de pessoas assintomáticas. De acordo com o estudo, a mortalidade geral na primeira semana de janeiro foi 45,8% maior que a média dos últimos cinco anos.
A agência alertou, no entanto, que os dados podem ter sofrido distorções por atrasos nos registros de mortes durante as festas de final de ano. Londres, particularmente afetada pela última onda, teve um aumento de quase 85% nas mortes em relação à média registrada na mesma semana nos últimos cinco anos. O ministro da Saúde, Matt Hancock, que contraiu o vírus no ano passado, anunciou no Twitter nesta terça-feira que cumpriria um período de quarentena até domingo, após um possível contato com uma pessoa infectada.