Presidente da Eletrobras renuncia ao cargo
Wilson Ferreira Junior continuará no posto até 5 de março para garantir uma transição adequada para seu sucessor
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, renunciou ao cargo por motivos pessoais, segundo informações divulgadas no domingo (24) pela empresa estatal. Ele, que assumiu o cargo em julho de 2016, continuará no posto até 5 de março para garantir uma transição adequada para seu sucessor.
Eis a nota distribuída pela Eletrobras: “A Companhia aproveita o ensejo para agradecer ao Wilson por sua reconhecida liderança na reestruturação organizacional e financeira do Sistema Eletrobras durante seu mandato de cerca de 4,5 anos. Sob sua gestão, a Companhia atingiu lucros históricos, reduziu sua alavancagem a patamares compatíveis com a geração de caixa, reduziu custos operacionais com privatizações de distribuidoras e programas de eficiência, colocou em operação obras atrasadas, simplificou a quantidade de participações acionárias com a venda, incorporação e encerramento em cerca de 90 sociedades de propósito específico, aprimorou seu Programa de Compliance, padronizou estatutos sociais e alçadas de aprovação das Empresas Eletrobras”.
Segundo a companhia, durante a gestão dele os lucros foram históricos, a alavancagem foi reduzida a patamares compatíveis com a geração de caixa e houve redução de custos operacionais com privatizações de distribuidoras e programas de eficiência.
Ele é apontado também como responsável por retomar obras atrasadas, simplificar a quantidade de participações acionárias, aprimorar o programa de compliance, padronizar estatutos sociais e resolver contenciosos nos Estados Unidos decorrentes de reflexos da operação Lava Jato.
Os investidores participarão de uma teleconferência nesta segunda-feira, às 15h, com a presença de Ferreira.
A estatal é responsável pela operação de cerca de um terço da capacidade de geração e metade da rede de transmissão de energia do Brasil.
Em dezembro, após o ministro Paulo Guedes (Economia) manifestar frustração com a agenda de privatizações, sua pasta divulgou um cronograma prevendo que o governo vai se desfazer de nove empresas federais em 2021. Entre elas está a Eletrobras.
A venda é um dos principais desafios do governo Jair Bolsonaro (sem partido). Tentada desde o governo Michel Temer, a operação sofre resistência do Congresso. A União abriria mão do controle da empresa após um aumento de capital de acionistas do qual o Tesouro Nacional não participaria.