Davos

Mourão diz que, em cenário pós-pandêmico, governos não terão recursos para investir na Amazônia

No Fórum Econômico Mundial, vice afirmou que futuro sustentável da Amazônia depende do setor privado

Vice-presidente, Hamilton Mourão, em evento virtual do Fórum Econômico Mundial - Reprodução/Fórum Econômico Mundial

Ao participar da versão virtual do Fórum Econômico Mundial de Davos, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse nesta quarta-feira (27) que a iniciativa privada tem que liderar investimentos na Amazônia porque o governo não terá recursos para isso no cenário de pós-pandemia.
 
"É crucial que o setor privado tome a dianteira no financiamento de pesquisas e programas científicos para a região. Governos, especialmente no cenário de economia pós-pandêmica, não terão superávits disponíveis para direcionar grandes quantias para este tipo de atividades", disse o vice-presidente em um discurso em inglês no painel "Financiando a transição da Amazônia para uma bioeconomia sustentável".
 
Na reunião por vídeo, que contou também com a participação do presidente da Colômbia, Iván Duque, Mourão disse que o futuro sustentável da Amazônia depende da ampliação da bioeconomia, o que depende também do setor privado. O brasileiro, porém, reconheceu que hoje não há um cenário atrativo para investidores.
 
"O futuro sustentável da Amazônia depende da ampliação da bioeconomia. Isso será realidade apenas com a participação do setor privado. Sabemos que as condições atuais de investimento na região não são as ideais pela perspectiva de falta de infraestrutura. Nosso governo está empenhado em promover um ambiente de negócios atrativo e impulsionando setores da economia", afirmou Mourão.


O vice-presidente é a principal autoridade brasileira desta versão virtual, que serve como uma preparação para um encontro presencial, em maio, em Singapura. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não tem participação prevista neste momento.