FINAL DA LIBERTADORES

Maracanã recebe o maior Palmeiras x Santos da história

Paulistas decidem título da Libertadores da América; Peixe pode conquistar o tetra, enquanto o Verdão busca o bicampeonato

Maior estádio do Brasil, Maracanã tem capacidade para 78.838 espectadores - Immagini/Folhapress

Palmeiras e Santos é um embate nostálgico, conhecido por “Clássico da Saudade”. Nomenclatura criada na década de 60, quando o Peixe tinha ninguém menos que Pelé, enquanto o Verdão era capitaneado por Ademir da Guia. Rivalidade que cresceu com novos personagens e contextos. Mas, deixando o saudosismo de lado, não é exagero dizer que o jogo deste sábado será o maior da história entre os clubes. Afinal, quando entrarem no Maracanã (sem público, por conta da pandemia da Covid-19), os paulistas estarão disputando o título da Libertadores da América. 

Essa será a terceira final entre Palmeiras e Santos na história. A primeira em âmbito continental. Os clubes já decidiram por duas vezes o Campeonato Paulista. O Verdão ganhou em 1959 e o Peixe em 2015. Há seis anos, na decisão da Copa do Brasil, o alviverde levou a melhor. O encontro também marcará o primeiro clássico dos clubes pela Libertadores. O torneio já teve outros embates entre equipes do estado. Os palmeirenses encararam oito vezes o São Paulo e seis o Corinthians. Nunca venceram o Tricolor, mas recordam com carinho um encontro com o alvinegro, em 1999, ao tirar o adversário nas quartas de final, nos pênaltis. Já os santistas foram eliminados pelo Timão na semifinal de 2011.

Palmeiras e Santos farão a terceira final entre brasileiros na Libertadores. As outras duas foram em 2005 e 2006, ambas com presença do São Paulo. Na primeira, o Tricolor foi campeão em cima do Athlético Paranaense. Na edição seguinte, ficou com o vice-campeonato, diante do Internacional. Campeão em 1962, 1963 e 2011, o Peixe busca o quarto título da Copa. O Verdão, ganhador em 1999, quer o bicampeonato. 

Palmeiras e Santos possuem as melhores campanhas do torneios. Na primeira fase, foram líderes de seus respectivos grupos (B e G), com cinco vitórias e um empate. O Verdão iniciou o torneio sob o comando do técnico Vanderlei Luxemburgo, mas em seguida apostou na chegada do português Abel Ferreira. Eliminou o Delfin, do Equador, nas oitavas de final, e o Libertad, do Paraguai, nas quartas. Na semifinal, tirou o River Plate. Para o confronto desta tarde, o time ganhou o retorno do volante Felipe Melo, após se recuperar de uma lesão no tornozelo. O atleta, contudo, não deve começar jogando. 

O Santos também tirou um equatoriano nas oitavas (LDU). Nas quartas, desclassificou o Grêmio, antes de encarar o Boca Juniors na semifinal. O clube é comandado por Cuca, campeão do torneio em 2013, com o Atlético/MG. Para o jogo, o volante Alison, recuperado da Covid-19, estará em campo. O artilheiro do Peixe na Copa é o pernambucano Kaio Jorge, de apenas 18 anos, com cinco gols marcados. 

Por falar em Pernambuco, Santos e Palmeiras possuem no elenco atletas com passagem no estado. No Peixe, os conhecidos são o zagueiro Luan Peres, o volante Jobson, o meio-campo Raniel e o atacante Marinho. O primeiro jogou no Santa Cruz em 2016. O segundo marcou um dos gols do título pernambucano do Náutico, em 2018. Já o meia é cria da base do Santa Cruz, enquanto o atacante defendeu o Alvirrubro em 2014. No alviverde, jogam Lucas Lima, ex-Sport (2013), e Rony, destaque do Timbu na Série B de 2016.
 

Ficha técnica

Palmeiras

Weverton; Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez e Matías Viña; Danilo, Zé Rafael, Gabriel Menino e Raphael Veiga (Willian); Rony e Luiz Adriano. Técnico: Abel Ferreira

Santos

John; Pará, Lucas Veríssimo, Luan Peres e Felipe Jonatan; Alison, Diego Pituca e Lucas Braga; Marinho, Kaio Jorge e Soteldo. Técnico: Cuca

Local: Maracanã (Rio de Janeiro/RJ)
Horário: 17h
Árbitro: Patricio Loustau (ARG). Assistentes: Ezequiel Brailovsky e Diego Bonfa (ambos da ARG)
Transmissão: SBT e Fox Sports