Jovem negro é vítima de injúria racial e agressão em marina em Paulista
Polícia Civil abriu inquérito para investigar o crime
Dois homens, de 23 e 25 anos, e uma mulher de 23 anos foram presos em flagrante pela Polícia Civil de Pernambuco pelos crimes de injúria qualificada racial e lesão corporal contra um jovem negro.
O caso ocorreu no sábado (30), na MF Marina Clube, em Maria Farinha, na cidade de Paulista, Região Metropolitana do Recife. Os nomes dos presos não foram divulgados e a identidade da vítima será protegida.
De acordo com a polícia, um inquérito policial foi aberto para apurar os crimes. Os três foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil de Paulista. A assessoria de comunicação da corporação apura para onde os três foram encaminhados.
Imagens compartilhadas nas redes sociais durante o fim de semana mostram os agressores batendo no jovem negro e em um amigo dele. Palavras de cunho racista e de preconceito de classe social foram ditas contra o jovem. Tudo foi testemunhado por demais clientes e funcionários do estabelecimento.
Relatos de testemunhas indicam que a confusão começou dentro de uma lancha e terminou nas dependências da marina. A Polícia Militar foi acionada e parte dos presentes no local começou a gritar chamando o grupo agressor de “racistas”, conforme mostram alguns dos vídeos publicados nas redes.
Em nota, a MF Marina Clube informou que “lamenta a confusão ocasionada por um grupo de jovens”. O clube reforça que a briga começou dentro da lancha, que estava nas águas do rio Timbó.
“A briga seguiu por alguns minutos no píer e nas dependências internas da marina, causando, inclusive, danos ao patrimônio da empresa”, disse a MF Marina.
“A equipe da marina tentou resolver a situação, mas diante dos ânimos exaltados dos presentes, foi preciso chamar a polícia, que rapidamente chegou e levou os jovens para a delegacia mais próxima para prestar esclarecimentos”, acrescentou.
A MF Marina ainda disse que a embarcação em que os agressores estavam não pertence ao seu quadro de clientes, mas o espaço é aberto, uma vez que há um posto de combustíveis e uma loja de conveniência abertos ao público no local.
“A MF Marina Clube repudia as agressões e toda e qualquer forma de discriminação e está à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos que porventura se façam necessários”, finalizou o clube.