REAÇÃO

Tuítes de Rihanna e Greta Thunberg por protestos de agricultores irritam o governo indiano

Ministério das Relações Exteriores da Índia critica as personalidades internacionais por sua interferência "sensacionalista"

A cantora Rihanna e a ativista Greta comentaram sobre as manifestações dos agricultores indianos - Foto: Reprodução/Instagram

O ministério das Relações Exteriores da Índia criticou nesta quarta-feira (3) as personalidades internacionais por sua interferência "sensacionalista" na reforma agrícola do país, depois que viralizaram os tuítes de Rihanna e Greta Thunberg sobre as manifestações dos agricultores.

"Por quê não estamos falando sobre isto? #FarmersProtest", escreveu a estrela do pop Rihanna, que tem mais de 100 milhões de seguidores no Twitter, ao compartilhar uma reportagem da CNN sobre os cortes da internet em Nova Délhi durante os protestos dos agricultores na semana passada.  
 



 

A mensagem foi retuitada mais de 230 mil vezes e recebeu quase 80 mil comentários.

A sueca Greta Thunberg, uma das principais ativistas do meio ambiente no mundo, retuitou a mesma notícia e escreveu: "Nos solidarizamos com o #FarmersProtest na Índia".
 



 

Uma sobrinha de Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos de origem indiana, também escreveu sobre o tema. 

"TODOS deveríamos estar indignados com os bloqueios da internet na Índia e a violência paramilitar contra os agricultores que protestam", tuitou Meena Harris.
 



 

Desde 26 de novembro, dezenas de milhares de agricultores, a maioria de Punjab (norte), protestam em acampamentos instalados nas principais estradas da periferia de Nova Délhi. 

Os trabalhadores rurais protestam contra as reformas do governo, que liberalizam os mercados agrícolas, e exigem sua revogação total. 

O governo nacionalista hindu do primeiro-ministro Narendra Modi lamentou os cometários e chamou os protestos de "assuntos internos". 

Em um comunicado publicado nesta quarta-feira com as hashtags #IndiaTogether (Índia unida) #IndiaAgainstPropaganda (Índia contra a propaganda), o ministério das Relações Exteriores pediu que "antes de se apressar a comentar estas questões (...) se compreenda bem o que está em jogo".