Luto

Morre aos 95 anos a sacerdotisa Mãe Amara de Xangô Aganjú

Com 77 anos de vida dedicados ao culto aos orixás, ela fundou o Afoxé Oyá Alaxé e matriarca da Rede das Mulheres de Terreiros de Pernambuco

Mãe Amara De Xangô Aganjú, sacerdotisa - Reprodução / Instagram

Mãe Amara De Xangô Aganjú, sacerdotiza do culto afrodescendente Nagô Egbá do Recife, morreu nessa quarta-feira (3), aos 95 anos de idade. Com 77 anos de vida dedicados ao culto aos orixás, ela fundou o Afoxé Oyá Alaxé e era a matriarca da Rede das Mulheres de Terreiros de Pernambuco.

Em 1945, Mãe Amara de Xangô Aganjú fundou o Terreiro Ilê Obá Aganjú Okoloyá, um dos mais conhecidos templos religiosos de Pernambuco, localizado no bairro de Dois Unidos, no Recife. Sua trajetória é de manutenção e fortalecimento da tradição nagô. 

O presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Marcelo Canuto, ressaltou a importância do legado deixado. "Mãe Amara era um símbolo de resistência e tolerância religiosa para todos nós. Seu legado nos inspira a seguir adiante, sem perder de vista as tradições e cultos dos nossos antepassados", disse.

Gilberto Freyre Neto, secretário de Cultura de Pernambuco, reforçou a importância do trabalho realizado pela sacerdotisa."Sua história de 77 anos de luta e zelo aos orixás ficará marcada para sempre na cultura de nosso Estado. Uma figura que, por toda sua dedicação, devemos sempre celebrar e nos orgulhar", comentou.