Área de preservação ambiental de Suape sofre invasões e desmatamentos
Local está inserido em zoneamento de desenvolvimento e Plano Diretor do terminal marítimo
Construções irregulares e desmatamento em uma microárea de preservação ambiental na praia de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, Litoral Sul de Pernambuco, foram alvo de uma fiscalização da prefeitura da cidade.
Como o local está inserido no Zoneamento do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental e do Plano Diretor Suape 2030, do Complexo Industrial Portuário de Suape, a prefeitura anunciou que irá notificar o terminal marítimo.
De acordo com a prefeitura, porém, ainda não há prazo para o envio dessa notificação. Em nota enviada à reportagem, o o Complexo Industrial Portuário de Suape confirmou que ainda não recebeu nenhum comunicado. "Assim que recebermos iremos analisar do que se trata para nos posicionarmos", informou a administração do terminal.
Na quarta-feira (3), a Secretaria Executiva de Meio Ambiente e o Controle Urbano do Cabo de Santo Agostinho receberam uma denúncia de desmatamento, queimadas e construções irregulares na microárea de preservação ambiental.
“Ao chegar no local, as equipes identificaram um descampado na área de proteção que estava sendo loteado e um depósito com materiais de construção e utilizados para promover queimadas. Os equipamentos foram apreendidos e o depósito, demolido”, informou a Prefeitura do Cabo, acrescentando que os responsáveis pelo ato ainda não foram identificados.
Além do descampado, também foram identificadas cerca de 30 construções irregulares. Os responsáveis por esses imóveis serão alvo de um processo administrativo por danos ambientais, segundo a prefeitura.
A Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente iniciará um processo de responsabilização pelos danos ambientais nas áreas dos detentores fundiários, uma vez que a área é integrante da microárea de conservação ambiental do município.