Eleições no Santa

Mirando Série A, Dody se posiciona como 'terceira via' e apresenta metas com forte apelo à torcida

Eleições do Santa Cruz acontecem na próxima quarta-feira (10)

Josenildo 'Dody', candidato à presidência do Santa Cruz - Reprodução

Buscando viabilizar uma “terceira via” nas eleições do Santa Cruz, que acontecem na próxima quarta-feira (10), o empresário Josenildo Dody decidiu que encabeçaria uma chapa para concorrer ao executivo do clube. Assim surgiu “A voz da arquibancada”, que segundo Dody é uma alternativa às políticas praticadas pela gestão do clube nos últimos anos. 

As propostas de Dody giram em torno de um forte apelo à torcida Coral. O candidato promete montar “um time de guerreiros”, colocar o Santa de volta na primeira divisão do Campeonato Brasileiro e equilibrar as contas do clube. 

A entrevista com Josenildo Dody é a segunda de uma série que a Folha de Pernambuco publica com os três candidatos. Os postulantes ao cargo máximo do executivo do Santa expuseram suas intenções e propostas que devem guiar a nova gestão no triênio 2021-2023. Na última sexta-feira (5), publicamos uma entrevista com Joaquim Bezerra, da chapa "Pró-Santa" e amanhã (9), será a vez do candidato Roberto Freire, da chapa “Tradição de Vitórias, Crescimento e União”. O critério para a definição das datas foi a ordem alfabética.

Folha de Pernambuco Como sua chapa pretende construir o elenco e a comissão técnica tendo em vista que a primeira competição da temporada (o pernambucano, talvez a Copa do NE) já deve começar no final de fevereiro? Haverá negociação com os atletas que atuaram em 2020? E com o técnico Marcelo Martelotte?

Dody - Em respeito aos profissionais que lá estão, só vou falar sobre esse assunto depois das eleições. Mas prometo à torcida um time guerreiro e vencedor, com a cara da torcida do Santa Cruz.

A curto prazo, quais são os objetivos imediatos da gestão no que diz respeito ao futebol? E a longo prazo, como você espera entregar o Santa Cruz no final de uma eventual gestão sua?

A curto prazo, pretendemos pagar os funcionários, atletas e a comissão técnica e atingir todos os objetivos dentro de campo. Sem o futebol, nada funciona.

Já a longo prazo, pretendemos fazer um trabalho nas divisões de base, porque temos uma base muito boa. Pretendemos interligar a base ao profissional e tentar sair da Série C, que é um objetivo para o ano de 2021, e alcançar nosso objetivo maior, que é a Série A, com as contas equilibradas. Atualmente a parte financeira do clube está na UTI, mas eu prometo sair da Série C, ir para a Série A e equilibrar as finanças do nosso clube.

 

Em relação à saúde financeira do Santa: quais as estratégias que sua chapa tem para diminuir o passivo e aliviar as contas do clube?

Vamos contratar um escritório especializado em auditoria para que seja levantado o débito real do clube. O primeiro passo é contratar profissionais para que possamos trabalhar em cima dele [o passivo]. Hoje, nem o próprio presidente do clube sabe quanto é o débito total.

Como você avalia a situação atual das divisões de base do Santa Cruz? Quais são os planos traçados pela sua chapa para as categorias de base?

O Santa Cruz sempre foi um clube formador. Vamos alinhar a base com o profissional, fazendo uma fiscalização séria. Não se pode admitir que garotos de 12 anos já estejam com empresários e o clube formador fique a ver navios. Vamos olhar para as categorias de base com carinho e responsabilidade, colocando profissionais capacitados, pois sabemos que na base está o nosso tesouro.

Atualmente, o Santa Cruz é o único clube do trio de ferro que não possui uma equipe de futebol feminino. Você considera isso um problema? Se sim, existem planos para resolver essa questão?

O futebol feminino vai se tornar obrigatório. Vamos buscar parceiros para implantar nosso futebol feminino novamente, porque no passado fomos pioneiros aqui em Pernambuco.

Qual o posicionamento da chapa em relação à reforma do estatuto?

Sou totalmente favorável, porque tudo se modernizou. Hoje há um clamor do povo, da torcida, então não tem como ser diferente. Quem não quer a reforma do estatuto são aqueles que se acham os donos do clube. Jamais serei contra aos interesses da torcida.

Uma das reivindicações mais recorrentes entre os torcedores é a demanda pelo direito à votação por parte de todas as categorias de sócios. Como você avalia essa questão?

Sou favorável. Isso será discutido junto às questões da reforma [do estatuto].

Uma das promessas não cumpridas da gestão Constantino Júnior foi a reforma da fachada do Arruda. Como vocês pretendem atuar para melhorar a manutenção do patrimônio do clube, especialmente do Arruda?

Temos que buscar parcerias. Me parece que o clube já tem um projeto que está sendo discutido na Comissão Patrimonial. Para a reforma da fachada precisamos buscar parceiros. Se observa que em cada esquina há uma farmácia, uma lotérica ou uma lanchonete, mas a gestão nunca buscou essas parcerias.