Alemanha restringe uso de pesticidas para conter morte em massa de insetos
PRojeto, fruto de um difícil compromisso com o ministério da Agricultura, prevê uma 'proibição do uso de pesticidas perto dos rios'
O governo alemão apresentou, nesta quarta-feira (10), uma lei que restringe o uso de pesticidas perto dos cursos de água e em áreas protegidas, e aprovou a saída do glifosato "até o final de 2023", para conter o desaparecimento em massa de insetos no campo.
"A morte dos insetos deve ser contida, no interesse de todos", afirmou a ministra de Meio Ambiente, Svenja Schulze, citada em um comunicado.
O projeto, fruto de um difícil compromisso com o ministério da Agricultura, prevê uma "proibição do uso de pesticidas perto dos rios".
Se, a princípio, houver um perímetro de proibição de 5 a 10 metros - em função da vegetação presente nas margens -, o governo deixará certa flexibilidade para as autoridades locais decidirem, dentro do limite de uma distância mínima, disse a ministra da Agricultura, Julia Klöckner.
A Alemanha também vai "proibir muitos produtos fitossanitários" nas áreas naturais protegidas.
Berlim confirmou sua vontade de proibir até "o final de 2023" o uso do glifosato, um herbicida polêmico, classificado "provavelmente cancerígeno" pelo Circ, pertencente a Organização Mundial da Saúde (OMS).