"Musical Borogodá": espetáculo em homenagem a Reginaldo Rossi
Projeto foi revelado no último domingo (14), dia que o músico completaria 78 anos de idade
Os dois irmãos pernambucanos Ana Letícia Lopes e Gabriel Lopes, produtores de teatro musical, apresentaram no último domingo (14), data que se estivesse vivo, o Rei do Brega faria 78 anos de idade, um presente para os fãs e admiradores do artista: a produção do “Musical Borogodá”. O espetáculo comédia que além de reunir músicas de Rossi, vai mostrar uma história que tem um pouco do que todo recifense gosta: romance, traição e muito brega.
Escrita e dirigida por Gabriel Lopes, a comédia musical tem previsão de estreia para o primeiro semestre de 2022. A proposta de montar o projeto nasceu em 2017, no período em que produziram a versão recifense do espetáculo “Aladim, O Musical”.
Gabriel conta que ele e a irmã amam musicais originais brasileiros. Mas, sentiam falta de mais espaço para um trabalho que agregasse ao jeitinho regional. “Durante a temporada do Aladim que montamos em Recife, trabalhamos para acrescentar elementos e referências locais. Mas por que não produzir um que seja 100% local?”, dispara Gabriel Lopes, sobre Recife ter Reginaldo Rossi, como um dos seus maiores símbolos da cultura pernambucana, considerado o Rei e patrono do Brega.
Ana Letícia conta que é necessário manter vivo o reinado de Rossi, artista que morreu em 2013. “Suas músicas não só retratam a vida cotidiana de uma população através de temas comuns, elas também atravessam todas as classes sociais de forma democrática e com fácil entendimento, fazendo com que permaneçam vivas na cultura popular independente da época”, reforça.
Com um roteiro totalmente original, o espetáculo tem mais de 30 músicas do Rei do Brega. A montagem, que teve sua primeira leitura em 2019, neste ano de 2021 está realizando a prática de montagem. Com direção Musical de Douglas Duan e coreografias assinadas por Stepson Smith.
O Borogodá
A história contada em “Borogodá” se passa na cidade do Recife em meados da década de 60. Uma homenagem ao município que o cantor Reginaldo Rossi nasceu, ao momento auge da Jovem Guarda e também o período de lançamento do primeiro disco do cantor, ''O Pão'', que conta com o título ''No Claro ou no Escuro''. Este hit, e sucessos como "Garçom", "A Raposa e as Uvas", "Lua de Mel", "Mon Amour”, “Meu Bem, Ma Famme", "Leviana", estão entre as músicas que fazem parte do enredo do espetáculo.
O tributo conta a história do contador Toni, que no dia do aniversário de casamento descobre que a esposa o trai com um famoso cantor de Rock da época. Ao conhecer Clara, ex-esposa do astro, em um bar no centro do Recife, percebem que foram enganados e decidem se vingar do casal que acaba de anunciar o casório.
Os personagens da história prometem levar o público para dentro das músicas, os apresentando a personagens que, até então, viviam apenas no imaginário. O famoso "Garçom" toma forma e finalmente descobrimos quem é a tal "Leviana" de quem ele tanto falava.