Bora Pernambucar

Conheça Orocó e seu cenário natural formado por 60 ilhas e ilhotas

Chegada de Orocó - Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

A pandemia de Covid-19 tem exigido uma mudança completa no modo de planejar uma viagem. Todos os cuidados -a exemplo do uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social- devem ser seguidos em qualquer que seja o destino escolhido. Não é tempo de se descuidar das regras sanitárias, uma vez que são fundamentais no combate ao novo coronavírus. Estamos em uma fase de restrições de viagens internacionais  e os destinos do Bora Pernambucar são opções excelentes para conhecer novos lugares, seguindo os protocolos de segurança. Então, que tal descobrir Pernambuco? Aproveite!

 

No antigo distrito de Cabrobó, o turismo ecológico é rota imperdível na pequena cidade de mais de 50 anos. Em Orocó, a agricultura familiar, fortalecida pelas águas do rio São Francisco, é parte do cenário rural formado por 60 ilhas e ilhotas onde a população nativa cultiva mamão, batata-doce e banana, além de fazer pesca artesanal. No percurso do rio, repleto de corredeiras e vista para a vegetação nativa, estão as ruínas de quatro rodas d’água que contam a história da irrigação, responsável pelo povoamento do lugar. Mil indígenas vivem na cidade, preservando os hábitos dos seus ancestrais, a exemplo da comunidade localizada na ilha de Taperá, que em dias específicos abre espaço para a tradicional dança toré.


PASSEIOS


Ilha de São Félix
Para viver a experiência de aventura e entender melhor a essência de Orocó, não deixe de visitar a ilha distante a poucos quilômetros da costa. Pequenos barcos, com capacida de para dez pessoas, fazem a travessia, com a opção de durar alguns minutos ou duas horas - vai depender do trajeto, que pode finalizar na ilha de São Félix. Pelo menos 200 indígenas vivem lá e cuidam de uma preciosidade datada do século 17. A igreja, que leva o mesmo nome do lugar, foi erguida pelos padres jesuítas e até hoje revela sua estrutura de pedras nativas. Os moradores a utilizam normalmente e o visitante pode até tocar o sino original, que convida à missa. O mês de maio é época de novenário. Ao lado, também funciona o antigo cemitério, construído àquela época também pelos jesuítas.

Ilha de São Félix (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)

Balneário Cachoeira
Na propriedade de Dona Eunice, a cinco quilômetros do centro, sai peixe assado para quem quer uma pausa tranquila na hora do almoço. A tilápia é o prato mais procurado. De frente para o Velho Chico, a estrutura semelhante a uma fazenda privada sugere um banho calmo, com poucas pedras, acompanhado de bebida e comida feita na hora. Não paga para entrar, mas é exigido consumo no local. Informações: (87) 99653.4428

NÃO DEIXE DE IR

Mirante da Serra
Conhecido como Mirante do Cruzeiro, o lugar, a pouco mais de um quilômetro do centro, tem vista privilegiada da cidade e suas divisas. Para chegar lá, só com disposição para subir o terreno de pedras à pé. São duas etapas: a primeira fica na metade do percurso, enquanto a segunda tem a cruz de madeira, dando boas-vindas ao visitante.

 

Igreja do Bom Jesus
Na área central de Orocó, a pequena igreja de 102 anos expressa simplicidade e religiosidade do município. Foi ao redor dela que as casas de alvenaria foram erguidas ao longo do tempo. As missas acontecem em datas comemorativas, como nas festividades do mês de janeiro, quando se comemora a festa de São Sebastião, padroeiro da cidade. Onde: avenida Prefeito Ulisses de Novaes Bione, s/n, Orocó

Igreja do Bom Jesus é ponto de importante na cidade (Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco)

Projeto Brígida
Formado por dez agrovilas, esse é um território com população originada dos municípios de Floresta, Itacuruba e Belém de São Francisco, na década de 1980, após a construção da barragem de Itaparica - Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga. Fica a 15 km do centro de Orocó. Por lá, as famílias reassentadas ganharam lotes irrigados, trabalhando agriculturas temporárias. Hoje, é polo de fruticultura, como goiaba, banana, manga e coco. Também apresenta forte expressão cultural, com manifestações artísticas e religiosas das tradições indígenas e quilombolas.

EVENTOS*
Festejos juninos (Projeto Brígida)
Esse é o principal evento festivo do perímetro irrigado Brígida. Acontece em junho, com programação voltada para as tradições culturais, sempre com shows artísticos e atos religiosos.

*Por causa da pandemia de Covid-19, os eventos foram suspensos