Tênis

Australian Open: decisão opõe reinado e ascensão

"Rei" do Aberto da Austrália, Novak Djokovic, e o ascendente Daniil Medvedev duelam por título de Grand Slam

Djokovic (E) e Daniil Medvedev (R) disputarão o Grand Slam - WILLIAM WEST, DAVID GRAY / AFP

Um tenista que vive o melhor momento da carreira versus o número 1 do mundo. Essa é a narrativa da final de simples masculina do Aberto da Austrália, neste domingo, a partir das 5h30. Invicto há 20 jogos, o russo Daniil Medvedev disputará sua primeira decisão no Melbourne Park. Se faturar o título, pula da quarta para a segunda posição no ranking da ATP. Pela frente, terá ninguém menos que o dono do topo, o sérvio Novak Djokovic, que busca seu nono título no torneio, terceiro em sequência e 18º de Grand Slam.

Dos 20 triunfos seguidos de Medvedev, 12 foram contra oito diferentes jogadores do top 10 da ATP. O tenista de 25 anos luta para quebrar um tabu intocável desde 2005. Há mais de 15 anos, as quatro primeiras posições do ranking são ocupadas apenas por integrantes do chamado “Big Four” (Roger Federer, Rafael Nadal, Novak Djokovic e Andy Murray). O último a atingir o feito foi o australiano Lleyton Hewitt. 

Medvedev já é o terceiro russo a chegar à final do Aberto, depois de Yevgeny Kafelnikov (1999 e 2000) e Marat Safin (2002, 2004 e 2005). Ele foi vice no US Open de 2019, perdendo para Rafael Nadal. Contra Djokovic, o finalista já venceu três vezes e foi derrotado em quatro ocasiões. O russo tem no currículo o título da ATP Finals, em Londres, além de ter ajudado seu país a ser campeão da ATP Cup, em Melbourne/AUS. 
 

Djokovic é o maior vencedor da história do Aberto da Austrália, com oito conquistas. Aos 33 anos, ele tenta se aproximar dos maiores ganhadores de Grand Slam, o suíço Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal, ambos com 20 troféus cada. O primeiro se recupera de uma lesão no joelho direito e não participou do campeonato, enquanto o segundo caiu nas quartas de final. 

Recuperado de dores abdominais sentidas no início da competição, o sérvio pode ser o segundo tenista da história a ter nove conquistas no mesmo Grand Slam. O recorde é de Nadal, com 13 taças de Roland Garros. Mesmo se não derrotar o russo, Djokovic continuará em primeiro, atingindo a marca de 311 semanas no topo, superando o recorde de 310 que pertencia a Federer.

Feminino
Neste sábado, a partir das 5h30, a japonesa Naomi Osaka venceu a e norte-americana Jennifer Brady (24ª) na final feminina do Australia Open. Ao derrotar Brady por 2 sets a 0, parciais de 6-4 e 6-3, Osaka alcançou, aos 23 anos, o quarto título de Grand Slam em quatro finais que disputou na carreira. 

Com este resultado, a ex-nº 1 do mundo, vencedora do US Open em 2018 e 2020, assim como do próprio Australian Open de 2019, vai recuperar  na segunda-feira a segunda posição no ranking da WTA, enquanto a americana subirá para o 13º lugar, sua melhor classificação.

A japonesa se tornou a terceira tenista, depois de Monica Seles e Roger Federer, a vencer suas quatro primeiras finais em Grand Slams, que reúne as  principais competições do circuito: o Aberto da Austrália, Wimbledon, Roland Garros e US Open.