Economia

Projeto de economia criativa vai ressignificar peças do guarda-roupa feminino

A iniciativa, de autoria de Rani Duarte e Cecília Pessoa, vai ajudar a movimentar o setor criativo, assim como o setor produtivo

O projeto, chamado de ‘Peça Perdida?’ vai dar ressignificação a peças de 40 mulheres - Pexels

Uma iniciativa vai permitir que 40 mulheres de Pernambuco façam uma ressignificação de peças de roupa que não mais utilizam em seus respectivos guarda-roupas. O projeto, chamado de ‘Peça Perdida? Abra seu guarda-roupa!’, de autoria de Rani Duarte e Cecília Pessoa, vai ajudar a movimentar o setor criativo, assim como o setor produtivo. 

Para participar, basta doar duas peças de roupa do guarda-roupa. Para uma delas, a mulher receberá uma consultoria e a roupa será ressignificada e devolvida.

A outra peça doada será posta para venda em um bazar e o dinheiro arrecadado com as vendas será repasssado ao Centro de Mulheres Urbanas e Rurais (Cemur). As inscrições já estão abertas e, para se cadastrar, basta acessar o link e preencher o formulário. O bazar com a venda das peças vai acontecer na rede social ‘Peça Perdida?’

Serão dois pontos para deixar as peças. Um na Zona Norte do Recife, no bairro de Casa Forte, e o outro no Pina, na Zona Sul da cidade. Todas as consultorias que darão uma ‘nova cara’ às roupas vão acontecer de forma online. 
 

Com o dinheiro arrecadado, o Cemur, coordenado por Zita Barbosa, no município de Lagoa do Carro, na Zona da Mata Norte, recebe integralmente o valor das vendas dessas peças. 

“Vamos ajudar a instituição. 100% dos fundos serão doados para a ONG que foi muito prejudicada com a pandemia”, disse Rani Duarte.  

O Cemur é responsável por desenvolver ações no campo da saúde, cidadania e direitos humanos das mulheres, feminismo, gênero, raça, etnia, cultura e profissionalização.

De acordo com uma pesquisa “Impactos da Covid-19 na Economia Criativa”, do Observatório da Economia Criativa da Bahia (Obec-BA), a pandemia provocou um impacto “alto” ou “muito alto” na redução da receita de 65% dos indivíduos e 57% das organizações.

“O projeto vai movimentar tanto o setor criativo de design, assim como a cadeia produtiva, com as costureiras que foram muito afetadas com o Carnaval e muitos eventos que não estão acontecendo. Serão 40 consultorias online para a gente trabalhar em cima delas. A partir disso, o meu olhar e o de Cecília darão a essa peça uma ressignificação”, acrescentou Rani.