Rio de Janeiro retoma vacinação de idosos contra Covid-19 após 8 dias sem doses
A vacinação está sendo feita em postos de drive-thru e nas unidades de saúde
A cidade do Rio de Janeiro vai retomar a vacinação de idosos contra a Covid-19 após oito dias de paralisação da campanha por falta de doses, como ocorreu em diversas capitais. A medida foi anunciada pelo prefeito Eduardo Paes (DEM) nas redes sociais.
Nesta quinta (25), será a vez de se vacinarem as pessoas com 82 anos, na sexta (26), com 81 anos, e no sábado (27), com 80 anos. O informe da prefeitura, porém, diz que as próximas datas só serão divulgadas depois que novas remessas do imunizante chegarem.
A vacinação está sendo feita em postos de drive-thru e nas unidades de saúde, que podem ser consultadas no site do município. Até esta terça (23), 271 mil cariocas haviam recebido a primeira dose (o equivalente a 4% da população), sendo que 64 mil deles já tomaram a segunda dose.
Antes da paralisação, o Rio previa vacinar todos os idosos acima de 75 anos até o fim de fevereiro, e os acima de 60 anos até o fim de março. Com a ausência do envio de lotes pelo governo federal, porém, só chegou à faixa dos 83 anos e teve que alterar o calendário.
A retomada da campanha será possível porque, nesta terça (23), a Fiocruz importou 2 milhões de doses prontas da vacina da AstraZeneca/Oxford e o Instituto Butantan envasou 1,2 milhão de doses da Coronavac, permitindo uma nova distribuição do Ministério da Saúde aos estados e municípios.
O imunizante importado pela Fiocruz será aplicado apenas em quem ainda não tomou a primeira dose, visto que o intervalo deve ser de oito a doze semanas. Já o do Butantan será usado para primeiras e segundas doses, considerando o intervalo de duas a quatro semanas.
O ministério recomenda que os estados reservem a Coronavac. "Tendo em vista o intervalo entre as doses, e considerando que ainda não há um fluxo de produção regular da vacina, orienta-se que a segunda dose seja reservada para garantir que o esquema vacinal seja completado", diz informe técnico.
Agora, a prioridade nacional são as pessoas de 85 a 89 anos, de 80 a 84 anos, 3.837 indígenas e 8% dos trabalhadores da saúde que ainda não foram vacinados.