VACINA

EUA autorizam uso emergencial de vacina da Johnson & Johnson

Em grandes testes clínicos, a eficácia da vacina J&J contra casos graves foi de 85,9% nos Estados Unidos, 87,6% no Brasil e 81,7% na África do Sul

Laboratório Johnson & Johnson (J&J), - Justin Tallis/AFP

Os Estados Unidos concederam neste sábado (27) autorização para o uso emergencial em maiores de 18 anos da vacina contra a Covid-19 da Johnson & Johnson (J&J), anunciou a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA). No Brasil, as negociações para compra das vacinas do grupo Johnson&Johnson aguardam orientação do Palácio do Planalto. 

A vacina, de dose única, é a terceira, após a Pfizer/BioNTech e a Moderna, a ser usada para combater o novo coronavírus no país, o mais atingido pela pandemia, com mais de 500 mil mortos.

A nova vacina mostrou-se bastante eficaz para evitar casos graves da doença, inclusive envolvendo as novas variantes de coronavírus, informou a FDA antes da aprovação. "A autorização dessa vacina amplia a oferta de imunizantes, a melhor forma de prevenção médica contra a Covid-19, para nos ajudar na luta contra essa pandemia", declarou a diretora da agência reguladora americana, Janet Woodcock. 

Em grandes testes clínicos, a eficácia da vacina J&J contra casos graves foi de 85,9% nos Estados Unidos, 87,6% no Brasil e 81,7% na África do Sul.

O presidente americano, Joe Biden, comemorou a autorização da terceira vacina, mas alertou que o país não pode baixar a guarda. "Esta é uma notícia emocionante para todos os americanos e um avanço animador em nossos esforços para pôr fim à crise", declarou. "Mas não podemos baixar a guarda agora ou achar que a vitória é inevitável."

Ao menos 3 milhões de doses do imunizante da J&J estão prontas para serem distribuídas na próxima semana, segundo o governo americano. A vacina pode ser armazenada em geladeiras, em vez de congeladores, o que facilita a sua logística.

A Johnson & Johnson se comprometeu a enviar 100 milhões de doses aos Estados Unidos até o fim de junho. Com as 600 milhões de doses compradas da Pfizer e da Moderna, o país terá, até o fim de julho, vacinas suficientes para imunizar quase toda a sua população.