Coronavírus

Pernambuco suspende cirurgias eletivas em toda a rede hospitalar

Leito de UTI em Pernambuco - Helia Scheppa/SEI

Com a alta da ocupação de leitos de UTI e enfermaria da rede hospitalar de Pernambuco, as cirurgias eletivas serão suspensas em todo o Estado de Pernambuco a partir da próxima segunda-feira (8). Cirurgias eletivas são aquelas que podem ser adiadas e/ou reprogramadas sem prejuízo à saúde do paciente.

A decisão consta na edição desta quarta-feira (3) do Diário Oficial do Estado e vale tanto para a rede pública quanto para a rede privada. Na mesma portaria, a SES-PE determinou a suspensão das férias de todos os profissionais na ativa da rede estadual de Saúde.

Segundo o texto da portaria da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), a medida vale até o dia 19 de março. O Estado entra, nesta quarta-feira, em uma fase mais rígida de restrições, com suspensão de serviços não essenciais entre 20h e 5h de segunda a sexta-feira e durante todo o fim de semana.

A pasta ressalta na portaria a necessidade de destinar o maior número de leitos disponíveis para o tratamento de pacientes diagnosticados ou com suspeita de infecção pela Covid-19.

Inicialmente, a suspensão das cirurgias eletivas era válida até 12 de março e nos 63 municípios do Interior citados no primeiro decreto de restrições.

A SES-PE ressalta que ficam mantidos os seguintes atendimentos no período:

- Atendimentos clínicos e/ou cirúrgicos, procedimentos e exames nos serviços de urgência e emergência
– Consultas e procedimentos ambulatoriais
– Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico – SADT que dão suporte aos pacientes internados
- Cirurgias eletivas inadiáveis como cirurgias oncológicas, cardiovasculares, transplantes de órgãos e tecidos dentre outras

"Nossa intenção é descomprimir a pressão sobre os hospitais, abrindo a possibilidade de ampliação de leitos nesses equipamentos para o atendimento aos pacientes com a Covid-19", informou o secretário André Longo. 

Taxa de ocupação
De acordo com o boletim de terça-feira (2) da SES-PE, o Estado tem 92% dos leitos de UTI dedicados à Covid-19 ocupados na rede pública e 87% na rede privada.

Em leitos de enfermaria, a ocupação na rede pública é de 78% e na privada, 46%.

A taxa de ocupação média é de 85% na rede pública e 71% na rede privada.