Liga dos Campeões

Sem Neymar, PSG mira golpe de misericórdia contra o Barça; Liverpool busca redenção na Champions

Em choque de gerações, o PSG de Mbappé defende a vantagem de 4 a 1 em casa, nesta quarta

Lluis Gene/AFP

Se for confirmada a eliminação no duelo desta quarta-feira, às 17h, em Paris, o Barcelona ficará fora das quartas de final da Liga dos Campeões pela primeira vez desde 2007 – a primeira temporada de Messi como titular. Após a acachapante derrota por 4x1 em casa contra a equipe de Mbappé – que marcou um hattrick na ocasião – Messi pode ter mais uma eliminação melancólica no torneio seguindo o 8x2 sofrido para o Bayern de Munique na temporada passada.

Barcelona e o argentino vivem uma crise que se arrasta desde a saída de Neymar e posteriores desavenças entre Messi e o ex-presidente, Josep Maria Bartolomeu, que renunciou em outubro. O cartola chegou a ser preso na operação batizada de “Barçagate”, no último 1º de março, numa devassa da Polícia espanhola que investiga supostos crimes financeiros cometidos por sua gestão.

Com a eleição de Joan Laporta ao cargo e a melhora no ambiente, o Barcelona busca sair desta crise esportiva, econômica e institucional e renovar com Messi. O contrato do craque expira em 30 de junho e ele já ameaçou, em agosto, sair do clube que defende desde a infância. 

Laporta é figura conhecida na equipe catalã. Ele foi presidente entre 2003 e 2010. Assumiu o Barça mergulhado em outra crise, ofuscado por um Real Madri galático, e o deixou no auge do “Guardiolismo”. 

Uma de suas promessas de campanha foi fazer todo o possível para renovar com Messi. Laporta já afirmou várias vezes durante a campanha que “tem credibilidade” com o argentino para negociar uma extensão contratual.

Retomando o bom futebol à nível local, o clube está invicto há 16 partidas na liga espanhola, se aproximou do líder Atlético de Madri e conseguiu uma improvável classificação para a Copa do Rei após virar um défcit de 2x0 da ida com uma vitória de 3x0 sobre o Sevilla.

O PSG, por sua vez, ainda não engrenou na temporada. Desfalcado desde 10 de fevereiro com a lesão muscular de Neymar, o time não lidera a Ligue 1 e tenta encontrar seu estilo de jogo sob a batuta do recém-chegado técnico Mauricio Pochettino. Ao contrário do Barça, o time parisiense vem melhor na competição internacional e pode perder por até dois gols de diferença e ainda se classificar.

Liverpool busca redenção

A equipe comandada por Jurgen Klopp já teve sua dose de instabilidades nesta temporada. O clube que vinha de uma temparada quase perfeita antes da paralisação do futebol em março de 2020 vem sofrendo para manter o mesmo nível desde então. 

Só no último mês foram quatro derrotas em cinco jogos na Premier League, um amargo 8º lugar no começo da reta final do campeonato e dois baques duros. Morreram, também em fevereiro, a mãe de Klopp e o pai do goleiro Alisson, na Alemanha e Brasil, respectivamente. Ambos, devido às restrições de viagens no Reino Unido, não puderam comparecer ao enterro dos parentes e permaneceram no Inglaterra.

Com os retornos de Alisson e Fabinho, que se recuperou de uma lesão muscular, o Liverpool pode perder por até um gol de diferença para se classificar para as quartas da competição europeia. Os Reds precisam juntar os cacos de uma temporada turbulenta e fora do normal para, pelo menos na Champions, obterem o sucesso que vem faltando nas outras competições.