Covid-19: abertura de novos leitos não diminui taxas de ocupação em Pernambuco

UTIs públicas têm 95% de ocupação, enquanto as privadas estão em 91%

Em menos de 15 dias, Pernambuco abriu mais de 300 novos leitos, entre UTIs e enfermarias públicas e privadas, para receber a demanda de pacientes com quadros suspeitos ou confirmados da Covid-19. Mesmo assim, as taxas de ocupação se mantêm crescente. 

O dia 25 de fevereiro foi o último com taxa de ocupação abaixo de 90% nos leitos de terapia intensiva da rede pública do Estado. Eram 998 vagas, estando 89% delas preenchidas. Ou seja, 889 internados. Nas enfermarias, das 937 vagas, 73% estavam ocupadas - em torno de 684 internados. 

Na rede privada, eram 270 leitos de UTI, com 84% de ocupação (aproximadamente 227 pacientes), e 156 vagas de enfermaria, com 38% de ocupação (em torno de 60 pacientes). 

Com o cenário de aceleração das infecções, houve ampliação tanto na rede pública quanto na privada. Mas o ritmo de novos casos parece superar a capacidade hospitalar. 

Somente da segunda (8) para esta terça-feira (9), foram abertos 22 novos leitos de UTI e 20 de enfermaria na rede pública. A ocupação se manteve estacionada em 95% e 84%, respectivamente. 

Questionada, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) não se pronunciou sobre a existência de fila de espera por vaga para internação. 

Na rede privada, chama atenção a situação das enfermarias. Na segunda-feira, eram 209 vagas, com 52% de ocupação. Nesta terça, com 61 leitos a mais, a ocupação subiu para 62%. No momento, as vagas em UTI somam 327, com 91% de ocupação. 

Nas redes sociais, o Governador Paulo Câmara sinalizou a abertura de mais 90 leitos até o final desta semana. Apesar do cenário de pressão sob o sistema de saúde, ele não levantou a hipótese de mais restrições nos próximos dias. 

Segundo o gestor, “por enquanto, as medidas restritivas já anunciadas permanecem: só serviços essenciais das 20 às 5h, de segunda à sexta-feira e no próximo final de semana manteremos o fechamento total das atividades não essenciais".