INCENTIVO

Governo australiano oferece passagens de avião pela metade do preço

A medida é parte de um plano do governo para estimular o turismo interno, no momento em que as fronteiras internacionais continuam fechadas devido à pandemia de Covid-19

Antes da pandemia, o turismo internacional representava anualmente 45 bilhões de dólares australianos (US$ 36 bilhões) para o país - Foto: Anthony Wallace/AFP

Quase um milhão de australianos poderão comprar passagens pela metade do preço para viajar pelo país como parte de um plano do governo para estimular o turismo interno, no momento em que as fronteiras internacionais continuam fechadas devido à pandemia de Covid-19.

O primeiro-ministro, Scott Morrison, anunciou que o governo gastará 1,2 bilhão de dólares australianos (US$ 927.000) para subsidiar quase 800 mil passagens de avião para regiões afastadas das grandes cidades e "muito dependentes do turismo internacional".

O objetivo é estimular os australianos a passar as férias em destinos como a Grande Barreira de Coral, o local sagrado para os aborígenes de Uluru e as praias da 'Gold Coast'. O projeto inclui 13 destinos.

As fronteiras externas da Austrália estão fechadas há um ano para proteger o país do novo coronavírus. No início de março a medida foi prolongada por mais de três meses.

Antes da pandemia, o turismo internacional representava anualmente 45 bilhões de dólares australianos (US$ 36 bilhões) para o país.

Um plano de ajuda ao emprego permitiu salvar milhões de postos de trabalho, mas o programa acaba no fim de março.

Milhares de trabalhadores dos setores mais afetados, sobretudo no turismo, temem perder o emprego.

Os ingressos pela metade do preço serão oferecidos a partir de abril e o governo espera que, desta forma, os australianos contribuam para apoiar o setor.

As companhias aéreas em dificuldades, como Qantas e Virgin Australia, elogiaram a medida, mas outras empresas do setor de turismo a consideram insuficiente.

Morrison disse que o programa permitirá uma "transição para um modo de vida mais normal para os australianos" e acrescentou que o setor de turismo "não quer depender para sempre do apoio do governo".