Jair cita peso das circunstâncias em empate com o Santa

Treinador lamentou ter de lançar jovens longe do melhor cenário, pelo fato de não contar com peças importantes do time principal

Jair Ventura, técnico do Sport - Ed Machado/Folha de Pernambuco

O empate em 1x1 com o Santa Cruz, no Arruda, pelo Campeonato Pernambucano 2021, teve um gosto amargo para o Sport. Mesmo jogando como visitante, o Leão saiu à frente do placar, mas sofreu o empate no fim, além de deixar o duelo lamentando um gol legal que foi invalidado pela arbitragem. Na visão do técnico rubro-negro, Jair Ventura, o clube tem se prejudicado pelo fato de não poder contar com a força máxima do elenco.

“Sempre avaliamos futebol pelo resultado, mas primeiro precisamos ver as circunstâncias. Estamos sem seis jogadores. Fomos assim para a Copa do Brasil e hoje no clássico”, afirmou o treinador, antes de citar a dor de cabeça para montar o elenco rubro-negro em meio à proibição de inscrever novos atletas por conta da punição imposta pela CBF envolvendo dívidas com ex-jogadores do clube. 

“Lançamos muitos jovens. Essa é a fórmula ideal? Não, mas não tivemos opção por conta da punição da CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas) Contra o Athletico (Série A), só tínhamos um atacante de lado, que era Marquinhos. Ele se machucou e tivemos que ir para cima com dois laterais. Sabemos que, já no Brasileiro, sofríamos com a carência do elenco. Neste início de ano está pior. Lutamos demais pela manutenção dos nossos jogadores. O maior reforço foi isso, mas hoje tivemos seis jogadores de fora (Maidana, Júnior Tavares, Betinho, Thiago Neves, Dalberto e Marquinhos). Não estamos com a nossa força máxima e, algumas vezes, não teremos nosso melhor desempenho. Não faltou entrega hoje e ainda tivemos um gol mal anulado. Teve uma cabeçada na trave também. No final, tomamos um gol”, lamentou.

Ventura também pediu paciência com os atletas mais jovens. No Clássico das Multidões, com exceção do volante Márcio Araújo, os demais jogadores do banco de reservas eram formados na base do Leão. Rodrigo, um dos novatos, estreou pelo profissional. Na equipe titular, os pratas da casa Adryelson, Matheusinho e Gustavo iniciaram jogando. 

“Só peço que tenham um pouco mais de calma com os meninos. Uma marca do meu trabalho é lançar jovens. Disputei duas Libertadores de maneira consecutiva. Tive um garoto de 17 anos (Rodrygo) que era titular e foi vendido para o Real Madrid. Precisamos lançar jovens de maneira gradativa, mas não temos opções. Por conta das punições, pagamos essa conta e precisamos utilizá-los. Antes de analisar a ideia de jogo, precisamos observar as circunstâncias”, argumentou.

Ventura também negou que a equipe optou deliberadamente de ficar fechada quando fez 1x0. Postura que trouxe o Santa para o campo rubro-negro, ocasionando o gol de empate de Pipico. “Não foi o Sport que se acovardou. Nossa estratégia não era recuar. Mas o adversário estava jogando em casa e veio para cima. Mesmo assim, ainda tivemos bola na trave, chances para matar o jogo. A grande arma do Santa era os cruzamentos e sofremos daquilo que sabíamos”, pontuou.



 

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