Nutrição aliada do crescimento: a formação de um hábito alimentar saudável começa cedo
Além de comer bem para suprir as carências e atender às necessidades do próprio corpo, comer bem na infância e na adolescência é fundamental para formação do hábito alimentar saudável
Uma das formas de fortalecer o nosso sistema imunológico é através de uma alimentação adequada. Muito além de melhorar a qualidade de vida, uma boa nutrição também é capaz de prevenir doenças e morbidades, e a infância e a adolescência são fases fundamentais no processo de formação do hábito alimentar.
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A nutricionista do Hospital Jayme da Fonte Laís Manga explica que cada fase da vida precisa de uma alimentação específica e voltada para as necessidades daquela faixa etária. "Cada idade possui macro e micro nutrientes que precisam ser contemplados no planejamento alimentar para garantir bons reflexos na saúde e no corpo", afirmou Laís.
Até os seis meses de idade, o leite materno é suficiente para o bebê, garantindo todos os nutrientes necessários para essa fase. A partir do sexto mês, já é possível introduzir novos itens nessa rotina alimentar a fim de ir trabalhando o paladar.
E foi isso que Jéssica Lira, mãe de primeira viagem da pequena Eduarda Thuanny, de 11 meses, fez, seguindo à risca a recomendação da pediatra. "Fui fazendo o introdução alimentar da bebê conforme as indicações médicas, começando com jerimum, batata, cenoura e chuchu. Sempre oferecendo um por dia, para ver como ela reagia e respondia a isso. Com o passar do tempo, fui aumentando esse cardápio com tubérculos, frango, peixe, ovos e tudo o que vai sendo liberado, sempre aos poucos, respeitando as reações dela", detalhou a mãe de Eduarda.
Ainda conforme Jéssica, que tem histórico de hipertensão e diabetes na família, a alimentação adequada é indispensável. "Ela tem um crescimento e ganho de peso muito bons, ideais para a idade, e o desenvolvimento dela tem sido ótimo. Acredito que tenha relação com a alimentação e acho que acostumando ela a comer bem e a ter hábitos saudáveis desde novinha, é uma chance de proporcionar para ela uma vida mais saudável, principalmente quando o fator genético aponta riscos.
De acordo com a nutricionista Rayssa Moraes, a rotina alimentar da infância deve ser focada no consumo de cálcio, vitaminas B, D e C, além do Zinco. "O Cálcio é indispensável por conta da formação de ossos e dentes. Eles podem ser encontrados em vegetais verde-escuros, como brócolis, rúcula e couve. Também são achados na linhaça e no gergelim. Em todos esses casos, eles são absorvidos facilmente pelo corpo. O leite e seus derivados também são fontes de cálcio, mas, mesmo sendo recomendados, eles não apresentam rápida absorção pelo corpo", esclareceu Rayssa.
De acordo com a nutricionista Lais Manga, as maiores carências nutricionais detectadas na adolescência são de vitamina A e de ferro, o que provoca anemia. "Geralmente, esse problema está associado a uma má alimentação ou uma grande restrição no cardápio. Para equilibrar esse déficit, é indicado o consumo de fígado, gema de ovo e óleos de peixe", detalhou Laís. "Nessa fase, também é percebida uma ausência de vitamina C e de fósforo. "Podemos combater essas deficiências através de alimentos como goiaba, acerola, caju, gema de ovo, fígado, brócolis, queijos, carne vermelha e peixe", emendou a nutricionista.
A profissional do Jayme da Fonte lembra também que na adolescência há ainda outras questões nutricionais, como anorexia, bulimia, obesidade e desnutrição, reforçando a importância de uma alimentação balanceada para que esses problemas não surjam.
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