Polícia aponta Gabigol como autor de contravenção por furar quarentena
O jogador do Flamengo foi flagrado em operação policial em um cassino clandestino com aproximadamente 150 pessoas
A Polícia Civil do Estado de São Paulo apontou em boletim de ocorrência o jogador Gabigol, do Flamengo, como autor de contravenção penal por desrespeitar norma do poder público sobre a restrição de aglomerações e serviços não essenciais durante a pandemia. O atleta foi flagrado em operação policial na madrugada de domingo em um cassino clandestino no bairro da Vila Olímpia, com aproximadamente 150 pessoas, segundo o documento.
No B.O., ao qual o UOL Esporte teve acesso, Gabigol é indicado como "autor", o que significa que no momento ele é tratado como suspeito. O atacante foi incurso no artigo 268 do Código Penal -infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa- e assinou na delegacia um termo circunstanciado, no qual se compromete a não promover mais aglomerações e se coloca à disposição da justiça.
Gabigol poderá ou não ser acusado formalmente e responder pela contravenção, dependendo de eventual decisão do Ministério Público. O artigo 268 prevê pena de detenção de um mês a um ano, além de multa. O estado de São Paulo está em fase emergencial de combate à pandemia de covid-19, com restrição de serviços não essenciais para combater aglomerações.
O cantor MC Gui, que também estava no cassino e foi conduzido à delegacia, está na mesma situação do jogador do Flamengo, assim como outros frequentadores. Já "o representante da casa e funcionários", segundo o B.O., foram incursos também no artigo 50, parágrafo terceiro, da lei 3.688/41, que trata da proibição de jogos de azar.
Em entrevista ao Fantástico, Gabigol disse que "faltou sensibilidade" a ele no episódio, mas que ele se dirigiu ao cassino clandestino apenas para jantar com amigos, não para jogar. O consumo de alimentos em bares e restaurantes, porém, também está proibido em São Paulo na atual fase do estado emergencial. De acordo com o delegado Nico Gonçalves, o jogador estava escondido embaixo de uma mesa quando os policiais o abordaram.
Segundo o colunista do UOL Esporte Mauro Cezar Pereira, o Flamengo não pretende multar Gabigol pelo ocorrido, por entender que se trata da "vida pessoal" do jogador. O atleta, assim como outros integrantes do elenco principal do Rubro-Negro, estava em seu último dia de férias no domingo.
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