PE: 18 cidades do Sertão aumentam restrições com quarentena total a partir de quarta-feira (24)
Apenas serviços considerados extremamente essenciais poderão funcionar no período
Dezoito cidades do Sertão de Pernambuco entrarão em restrições mais rígidas, em uma quarentena total, a partir da próxima quarta-feira (24), para conter os números da pandemia de Covid-19.
(Atualização: o total de cidades que seguirão as restrições será 13 e não 18, como informado anteriormente. Cinco municípios seguirão apenas o decreto estadual em vigor)
A medida, que vai além das restrições determinadas pela quarentena anunciada pelo Governo do Estado, terá cinco dias de duração e será encerrada em 28 de março.
O acordo foi feito em reunião, nesta sexta-feira (19), entre o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, o secretário estadual de Saúde, André Longo, a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e promotores do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
De acordo com o presidente da Amupe, José Patriota, entre as restrições previstas na quarentena total estão supermercados, que deverão funcionar apenas via delivery e as feiras dos municípios, que serão suspensas. Postos de gasolina também continuarão funcionando.
As restrições valem para Afogados da Ingazeira, Brejinho, Calumbi, Carnaíba, Flores, Iguaracy, Ingazeira, Quixaba, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Terezinha, São José do Egito, Serra Talhada, Solidão, Tabira, Triunfo e Tuparetama - todas no Sertão do Pajeú - e Sertânia, no Sertão do Moxotó.
"O único consenso para abrir, até agora, foi farmácia e, talvez, bancos. Vamos ter uma reunião com o secretário [de Defesa Social] Antônio de Pádua na segunda-feira para botar a polícia na fiscalização", disse José Patriota.
Apenas serviços considerados extremamente essenciais poderão funcionar no período nas 18 cidades.
A lista desses serviços, assim como os demais detalhes do decreto, está sendo acertada entre os prefeitos da região e será divulgada em breve.
José Patriota reforça que a medida foi tomada para evitar a contaminação da população em um cenário de pré-colapso do sistema de Saúde. "Tem muita gente na rua ainda, a situação é muito grave", disse, continuando sobre a extensão dessas medidas mais restritivas para outros municípios do Estado: "Depende dos números e se os outros prefeitos toparem".