Recifest ganha edição virtual com 30 filmes, oficinas e debates
Festival de cinema LGBTQI+ ocorre desta sexta-feira (26) até 31 de março, pelo YouTube
Sinônimo de ativismo e resistência, o Recifest – Festival de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero se reinventou em meio à pandemia. Em edição especial totalmente virtual, o evento de cinema LGBTQI+ apresenta 30 filmes, além de oficinas e debates, desta sexta-feira (26) até 31 de março.
Os 29 curtas-metragens que compõem a programação ficarão disponíveis ao longo de cinco dias, no site oficial do festival, para visualização e votação popular. Fora da competição, também está prevista a exibição do longa “Canto dos ossos”, de Jorge Polo e Petrus de Bairros, que poderá ser acessado a partir do dia 29, às 19h, no prazo de 48 horas.
“Se não fosse a pandemia, teríamos feito nossa 8ª edição no ano passado, com as sessões no Cinema São Luiz. É triste realizar dessa forma (sem a presença do público), mas é importante para mostrar que o festival ainda existe e cada vez mais cumpre o seu papel”, afirmou Rosinha Assis, produtora do festival ao lado de Carla Francine, durante uma coletiva de imprensa virtual.
Neste ano, a curadoria do evento foi assinada por Felipe André Silva, Labelle Rainbow e Anti Ribeiro. Sem convocatória desta vez, os três tiveram a missão de apontar filmes para a grade de acordo com o contato que tiveram com a produção audiovisual nacional recente.
“A gente se ateve muito a obras que tentam falar de mundos possíveis ou que estilhaçam o mundo como a gente conhece. Trabalhos de videoarte tiveram uma presença muito forte e, ao mesmo tempo, tivemos filmes em que a narrativa é essencial, mas é feita de uma maneira muito refinada”, explica Felipe.
A organização do Recifest está considerando a versão online do festival como uma edição extra. Com projeto aprovado pelo Funcultura e apoio da Prefeitura do Recife, a 8ª edição do evento está prevista para ocorrer em novembro. “Esperamos que, até lá, todos estejamos vacinados. Se der tudo certo, voltaremos a nos encontrar presencialmente”, comenta Carla Francine.