Nutrição

Descubra os benefícios nutricionais no consumo de peixe

Ricos em vitaminas e nutrientes, os pescados auxiliam na prevenção de inúmeras doenças

Peixes são ricos em vitaminas e nutrientes - Reprodução

A Semana Santa está batendo na porta e, ao pensarmos em comida, logo lembramos dele: o peixe. Seu consumo, nesta época, é indicado pela Igreja como prática de devoção típica do tempo da Quaresma. Entretanto, o que ainda muita gente não se atentou são aos benefícios que o pescado traz para nossa saúde, provando que sua ingestão é essencial em todos os períodos do ano.

Não é novidade que uma dieta equilibrada deve incluir doses semanais de pescados. As instituições nacionais e internacionais de saúde recomendam sua ingestão com porções que variam de 75 a 112g, ao menos duas vezes por semana, por ser um alimento rico em vitaminas e minerais como fósforo, ferro, cobre, selênio e iodo. Também é considerado uma proteína de alto valor biológico, podendo substituir o frango ou a carne vermelha.

De acordo com a nutricionista Laura Cavalcanti, além dos peixes serem ricos em proteínas que são essenciais para a construção e restauração dos órgãos e tecidos do corpo, muitas espécies também são ricas em gorduras. “É um tipo de gordura saudável, chamada de ácidos graxos poliinsaturados. Um exemplo é o Ômega 3, que é super importante e nosso organismo não produz sozinho, por isso deve ser consumido através da alimentação ou suplementação”, explicou.

As vantagens do peixe não param por aí. Estudos afirmam que o aumento de seu consumo está associado a menor mortalidade e morbidade cardiovascular. Nesse caso, a utilização do pescado pode prevenir ou até mesmo tratar doenças como Alzheimer, depressão, hipertensão, arritmia cardíaca, cardiopatia congênita, epilepsia, entre outras. “Além das vitaminas, minerais e antioxidantes, a inclusão de peixe na alimentação auxilia também na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, tipo o câncer, diabetes mellitus, distúrbios oculares e ajuda no sistema imunológico, na saúde da pele e cabelos”, completou a especialista.

Para toda família

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, a partir do sexto mês de vida, os bebês podem consumir pescados, por meio de papas salgadas. O peixe é uma ótima fonte proteica e de ferro, com fácil absorção pelo organismo e auxilia no desenvolvimento da criança.

Para as gestantes, vale destacar a ingestão do ômega 3 durante o período neonatal e toda a fase de crescimento do bebê, especialmente no último trimestre de gestação e nos primeiros meses de vida. Essa gordura poliinsaturada é essencial para o bom funcionamento e desenvolvimento cerebral e da retina da criança. “Também deve-se consumir peixe durante a fase de amamentação, pois é através do leite materno que o bebê vai ingerir os ácidos graxos essenciais que trará benefícios para toda a vida da criança até a fase adulta”, aconselha a profissional de saúde.

O principal cuidado, no entanto, vem antes de o peixe estar no prato da família. Logo, é preciso cuidado na hora da compra, ao armazenar e no seu preparo. Primeiro, o produto deve ser adquirido em um estabelecimento que tenha boas condições de higiene e limpeza. Logo após, é necessário cuidado no armazenamento em temperatura apropriada e evitar descongelá-lo em temperatura ambiente, por não ser uniforme e poder gerar a perda de qualidade, umidade e permitir o crescimento de micróbios.

Além da escolha da espécie mais nutritiva, é necessário acertar no preparo para que não se percam vitaminas e para que o alimento não ganhe gordura. As formas saudáveis de preparar o peixe podem ser cozido, grelhado, assado no forno ou ensopado. Depois de pronto, é só aproveitar.