Thierry Henry deixa redes sociais em protesto contra racismo e 'intimidação'
"É muito fácil criar uma conta e usá-la para intimidar e assediar anonimamente sem consequências", afirmou o francês
O ex-jogador Thierry Henry, maior artilheiro da seleção francesa e campeão mundial em 1998, anunciou na sexta-feira que vai abandonar as redes sociais porque os responsáveis por essas plataformas não agem contra o "racismo", "intimidação" e "tortura mental que isso acarreta".
"O considerável volume de racismo, intimidação e tortura mental que isso acarreta é muito tóxico para ser ignorado", escreveu em suas redes sociais o ex-atacante, que até recentemente trabalhava como técnico do canadense CF Montreal, função que abandonou por motivos familiares.
Com 14,8 milhões de seguidores no Twitter, Facebook e Instagram, o ex-atacante do Arsenal e do FC Barcelona, apelou à "responsabilidade" e pediu "aos responsáveis que regulem as suas plataformas com o mesmo vigor e veemência com que mostram quando o copyright é violado."
"É muito fácil criar uma conta e usá-la para intimidar e assediar anonimamente sem consequências", afirmou o francês de 43 anos. "Contanto que isso não mude, vou desativar minhas contas em todas as plataformas sociais. Espero que a mudança aconteça em breve."
Como outros gigantes da alta tecnologia, o Twitter é cada vez mais criticado por permitir postagens muitas vezes racistas ou misóginas, geralmente em contas falsas.
O Twitter divulgou na semana passada que "não há lugar para abusos racistas" em sua plataforma e que trabalha para suprimir os abusos contra jogadores de futebol.
A decisão de Thierry Henry de desativar suas contas de mídia social veio alguns dias após a decisão da americana Chrissy Teigen, top model e autora de livros de receitas, de deixar o Twitter após sofrer insultos.