Páscoa

Setor de supermercados prevê crescimento nas vendas de Páscoa

Com a facilidade do comércio virtual, os pequenos negócios também podem lucrar no período festivo

Ovos de páscoa - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Apesar da crise vivida devido à pandemia da Covid-19, a expectativa é que, nesta Páscoa, haja um aumento de aproximadamente 10% em vendas em todos os itens de Páscoa, incluindo peixes, colombas e vinhos, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Este ano, o e-commerce ganha destaque e impulsiona as vendas durante o período, sendo uma oportunidade para os pequenos produtores também lucrarem, movimentando o mercado de todo o país.

“A gente está em um cenário muito abalado comercialmente e economicamente devido à crise sanitária que estamos vivendo e quando entramos em uma oportunidade de potencializar vendas como esse período de Páscoa, muitos produtores, principalmente aqueles pequenos negócios, tem uma oportunidade de tirar uma margem boa de lucro num período de turbulência, mas é preciso ter muito cuidado, porque as contas e as despesas permanecem. Independente do período sendo de boa receita ou de baixa receita, as contas a pagar continuam, o perigo é, com o aumento de receita, também aumentar essa despesa”, explica a diretora executiva da GK Consultoria, Sophia Rocha.

Além do crescimento nas vendas, um aumento significativo também é esperado na etapa de produção de ovos e produtos ligados à festividade, comparado com o cenário visto no ano passado. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Chocolate, Amendoim e Balas (Abicab), em 2020, cerca de 8,5 mil toneladas de ovos e outros produtos da época foram produzidas, 15% menor do que em 2019.

Os contratos temporários que foram realizados para suprir a demanda da indústria de chocolates em 2021 também devem crescer, com quase 12 mil novas contratações, um aumento de 4,8% em comparação ao ano passado.

É necessário que os pequenos negócios tenham uma gestão cautelosa nesse momento de incertezas. “É necessário atentar-se aos gastos, para não variar tanto e não aumentar tanto as despesas. Do que você receber, pode ir formando um fundo de reserva, fazendo um caixa mínimo, porque isso pode ser o grande folego, uma grande segurança em períodos de incertezas, como a gente está vivendo. Nós não temos a perspectiva de quando tudo isso vai acabar, então a gente precisa ter uma medida de gestão muito cautelosa, principalmente voltada a fundos de investimentos, de reserva e caixa mínimo”, ressalta Sophia.

O segmento de clientes, a oferta de novos produtos ou serviços, as diferentes formas de precificação e, até mesmo, a modificação da estrutura de fluxo interno de trabalho são alguns itens que devem ser analisados e, se preciso, modificados na empresa.

Bem como as pessoas, que têm uma identidade, no que diz respeito ao perfil comportamental, as empresas sejam estruturadas previamente ou construídas de forma natural (não documentada) pela equipe também possuem particularidades. “A identidade organizacional precisa ser compartilhada, co-criada, e representar àqueles que fazem parte dela”, ressalta a diretora executiva.