Infectado pela Covid, presidente argentino diz que sem vacina 'estaria passando mal'
O presidente tomou a primeira dose do imunizante em 21 de janeiro e a segunda em 11 de fevereiro
O presidente argentino, Alberto Fernández, afirmou neste sábado (3) que se não tivesse tomado as duas doses da vacina Sputnik V, do laboratório russo Gamaleya, estaria passando maus momentos após contrair a Covid-19.
"Não tenho a menor ideia de como me contagiei. Sou alguém que se cuida muito. Se não fosse pela vacina, estaria passando muito mal", disse em sua primeira declaração pública à rádio 750, após informar o resultado positivo de um teste de antígeno à meia-noite de sexta-feira.
"É preciso esperar que se confirme o resultado do teste rápido (de antígenos) com o PCR (análise molecular)", informou o chefe de Estado, que completou 62 anos na sexta e está isolado em um quarto de hóspedes da residência presidencial de Olivos, no norte de Buenos Aires.
Sua esposa, Fabiola Yáñez, de 39 anos, informou pelas redes sociais que seu teste de antígenos deu negativo.
O laboratório Gamaleya lamentou o ocorrido. "Entristece-nos entristece saber disso (o contágio de Fernández). A Sputnik V é 91,6% eficaz contra a infecção e 100% eficaz contra os casos graves. Se a infecção se confirmar, a vacinação assegura uma rápida recuperação sem sintomas graves. Desejamos-lhe uma rápida recuperação", escreveu no Twitter.
Políticos e funcionários que tiveram contato com Fernández nas últimas 48 horas precisaram se isolar, como o líder do bloco de deputados governistas, Máximo Kirchner, filho da vice e ex-presidente Cristina Kirchner, sobre quem não há informações de reuniões com o chefe de Estado nas últimas horas.
Fernández havia informado na sexta-feira que está "fisicamente bem" e e "bem de ânimo" após apresentar febre de 37,3 graus e leve dor de cabeça.
"Com uma dose de Sputnik V apenas 20% desenvolverão algum sintoma após o contágio em forma leve e sem internação", disse à imprensa Mario Lozano, virologista do estatal Conselho de Pesquisas Científicas e Técnicas da Argentina.
O presidente tomou a primeira dose do imunizante em 21 de janeiro e a segunda em 11 de fevereiro.
Na Argentina, com 45,5 milhões de habitantes, foram vacinados até este sábado 4,1 milhões de pessoas. O país sofre a segunda onda da doença e registra mais de 2,3 milhões de contágios e mais de 56.000 mortos.
No total, a Argentina recebeu até agora 6,7 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, das quais 3,9 milhões são da Sputnik V.