Coronavírus

Vacina anticovid da AstraZeneca tem mais benefícios que riscos, diz OMS

Vacina desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca - Fred Tanneau/AFP

A vacina anticovid criada pela AstraZeneca/Oxford ainda apresenta "amplamente" mais benefícios do que riscos - anunciou a Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta terça-feira (6).

"Não há evidência de que o balanço risco-benefício deva ser modificado", disse à imprensa o diretor de regulação e pré-classificação, Rogério Pinto de Sá Gaspar.

Pinto de Sá Gaspar insistiu que, segundo as informações atuais, o balanço "continua sendo amplamente positivo".

"Essas vantagens são verdadeiramente importantes em termos de redução da mortalidade entre a população vacinada", destacou e disse que especialistas e a imprensa têm uma tendência excessiva de destacar os riscos.

"Precisamos restabelecer o equilíbrio (da nossa mensagem) com os benefícios trazidos pela vacina", acrescentou.

Um responsável da Agência Europeia de Medicamento (EMA) confirmou "um vínculo" entre a vacina da AstraZeneca e as tromboses registradas entre pessoas que receberam essa vacina, segundo uma entrevista publicada nesta terça-feira pelo jornal italiano Il Messaggero.

"Agora podemos dizer, está claro que existe um vínculo com a vacina, que provoca essa reação. No entanto, ainda não sabemos o porquê", afirmou Marco Cavaleri, responsável de estratégia das vacinas da EMA.

Depois, a EMA enfatizou que continua avaliando se a vacina AstraZeneca contra o coronavírus tem relação com a formação de coágulos sanguíneos.

O comitê de segurança da agência baseada em Amsterdã "não chegou ainda a uma conclusão e a análise está em andamento", declarou a EMA em nota à AFP.

A EMA acrescentou que uma decisão a respeito deve ser anunciada "amanhã (quarta-feira, 7 de abril) ou na quinta-feira, 8 de abril".

Há várias semanas surgiram suspeitas sobre possíveis efeitos colaterais graves, embora raros, entre as pessoas vacinadas com a AstraZeneca. Seriam casos de trombose atípica, alguns deles levaram à morte. 

No Reino Unido houve 30 casos e sete mortes de um total de 18,1 milhões de doses administradas até 24 de março.