Pela 1ª vez após dois meses, Araraquara fica dois dias sem registrar mortes por Covid-19
Cidade implementou um lockdown de dez dias, com restrições mais severas nos sete primeiros dias
Pela primeira vez após mais de dois meses, Araraquara (a 273 km de São Paulo) registrou dois dias seguidos sem mortes provocadas pela Covid-19.
Depois de implantar um lockdown de dez dias, com restrições mais severas nos sete primeiros dias, a cidade passou a ver nas semanas seguintes cair os números de novos casos provocados pelo novo coronavírus, internações e óbitos.
Desde então, já tinha ficado sem registrar mortes em um dia, como em 26 de março –foi a primeira vez desde 10 de fevereiro–, mas não passava dois dias sem óbitos provocados pela Covid-19 desde 3 de fevereiro.
Naquele momento, Araraquara começava a sentir os efeitos da circulação da variante brasileira da doença no município. Então com 121 óbitos, viu o número disparar, até chegar às atuais 335 mortes.
Desse total, 243 foram registradas neste ano, sendo 219 delas a partir de fevereiro.
O lockdown em Araraquara, que tem como prefeito Edinho Silva (PT), veio seguido de uma série de medidas, como a transformação de um antigo motel em unidade de retaguarda, para atender pacientes que não tenham condições de cumprir o isolamento necessário em suas casas, e o uso de uma igreja como extensão da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Xavier, para internações precoces.
Segundo a secretária da Saúde de Araraquara, Eliana Honain, o paciente com comorbidade e que tenha necessidade de internação terá melhores condições de monitoramento no local.
Na semana passada, a prefeitura antecipou dois feriados, suspendeu o transporte coletivo e criou barreiras sanitárias com o objetivo de impedir a entrada na cidade sem justificativa de veículos de outros municípios.
Foram feitos 819 testes rápidos em motoristas e ocupantes de veículos que chegavam às barreiras, instaladas nas entradas do município, dos quais 27 deram resultado positivo.
Foram abordados 6.171 veículos, com 408 sendo obrigados a retornar às cidades de origem após os motoristas não conseguirem justificar um motivo essencial para entrar em Araraquara.