Vôlei

Thaisa, melhor da Superliga, se aposenta da seleção e fica fora da Olimpíada

Aos 33 anos, ela atuou pelo time verde-amarelo por 14 anos e foi medalhista de ouro em dois Jogos

Thaisa, jogadora de vôlei - FIVB/Divulgação

A central Thaisa, 33, bicampeã olímpica (2008 e 2012) e eleita a melhor jogadora da última Superliga feminina de vôlei, surpreendeu ao anunciar nesta terça-feira (6) sua aposentadoria da seleção brasileira.

Com isso, ela não estará no grupo que começa a se preparar a partir desta semana para a Olimpíada de Tóquio-2020, marcada para julho e agosto.

Em 2017, uma grave lesão no joelho ameaçou abreviar sua carreira, mas ela conseguiu se recuperar, deu a volta por cima no Barueri (comandado pelo técnico da seleção, José Roberto Guimarães) e voltou a figurar entre as melhores atletas do país defendendo o Itambé/Minas.

Com o time mineiro, conquistou o título da Superliga nesta segunda (5). Melhor jogadora da competição, ficou na liderança nos rankings de ataque e bloqueio, além de ser a terceira que mais marcou pontos de saque.

"Hoje, despeço-me da seleção com muita, muita mesmo, dor no peito. São mais de 14 anos dedicados a defender nosso país na seleção adulta (18 considerando a base) e sempre com garra e respeito que a bandeira merece. Nunca faltou amor e entrega nesta história linda para os dois lados", escreveu a atleta na sua carta de despedida.

"E é exatamente por não conseguir mais dar essa entrega, física e mental, que eu encerro minha história com a seleção. Os últimos anos foram duros para o meu corpo, convivendo com dores diariamente. Não consigo ajudar o grupo todo da forma como gosto e entendo que seja necessária. Preciso descansar e respeitar, mais do que tudo, o meu corpo, que é minha ferramenta de trabalho. Pensando na longevidade da minha carreira em clubes, é hora de me recuperar", completou.

Outra central bicampeã olímpica, Fabiana está grávida e não irá aos Jogos. Com isso, as vagas em Tóquio para essa posição ficam abertas, a serem preenchidas de acordo com os próximos meses de trabalho da seleção. Antes da Olimpíada, o time de Zé Roberto disputa a Liga das Nações, de maio a junho, na Itália.