Bolsa Qualificação prevê capacitação de funcionários durante suspensão de contratos
O Programa oferta 1.500 vagas para trabalhadores de empresas representadas pela Fecomércio-PE e seus sindicatos filiados
Em um momento de dificuldades nas empresas pernambucanas e alta de demissões de funcionários, o Sistema Fecomércio/ Sesc/ Senac-PE em parceria com a Superintendência Regional do Trabalho em Pernambuco promove o Programa Bolsa Qualificação, previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Com oferta de ações de orientação, assessoramento e qualificação, o programa oferta 1.500 vagas para trabalhadores de empresas representadas pela Fecomércio-PE e seus sindicatos filiados. Ao todo, R$15 milhões serão investidos no setor comercial do Estado
“Nessa época difícil que muitas empresas estão passando, para não demitir o funcionário, o empresário pode suspender os contratos de trabalho, mas ao invés da empresa pagar o curso, a Fecomércio através do Senac faz isso. O empresário suspende o contrato, o funcionário continua recebendo o seu salário de acordo com a média dos últimos três meses, como se fosse um seguro desemprego e o funcionário fica na obrigação de fazer esse curso, que varia de 2 meses a 5 meses, de acordo com a necessidade do empresário. Isso vai fazer com que o funcionário não seja demitido, ele continua recebendo e a empresa diminui o custo de 2 a 5 meses”, detalha o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE, Bernardo Peixoto.
Segundo o Superintendente Regional do Trabalho em Pernambuco, Geovane de Freitas, a finalidade do programa é ampliar o apoio aos empresários e funcionários. “Com as restrições de funcionamento e diminuição do fluxo de caixa, é fundamental a suspensão. Integramos esforços para apoiar os empresários a acessar uma política já existente, com um investimento na qualificação, que vai ser ofertada gratuitamente pelo Senac, um órgão de excelência”, explica Geovane.
Os cursos serão ofertados nas áreas de Vendas, Compras, Logística, Marketing, Finanças e E-commerce, abordando sobre relacionamento, trabalho em equipe, comportamento e ferramentas tecnológicas. As programações têm duração entre 120h a 300h, dependendo do período de suspensão do contrato.
“A partir do dia 1º de maio vamos começar a receber as inscrições das empresas, preparando a necessidade de cada uma e fazendo um levantamento do que a empresa está precisando. Por fim, vamos encaixar as empresas nos cursos específicos. O objetivo é começar as formações em julho deste ano”, complementa Bernardo Peixoto.