Pandemia

Doria evita se posicionar sobre liberação de cultos e missas

Durante todo o primeiro ano da pandemia, Doria não incluiu templos religiosos no rol de serviços essenciais no estado

Governador de São Paulo, João Doria (PSDB) - Governo do Estado de São Paulo

Depois de ter classificado igrejas como serviço essencial para mantê-las abertas e ter recuado, o governador João Doria (PSDB) agora evita se posicionar sobre o assunto.

O STF (Supremo Tribunal Federal) julga nesta quarta (7) se governadores e prefeitos podem proibir a realização de cultos e missas para controlar a circulação da Covid-19.

Na manhã desta quarta (7), o governador não defendeu nenhuma das posições e disse apenas que "decisão judicial se cumpre". Ele acompanhou no Instituto Butantan a entrega de 1 milhão de doses da Coronavac para o PNI (Programa Nacional de Imunização).

Durante todo o primeiro ano da pandemia, Doria não incluiu templos religiosos no rol de serviços essenciais no estado. No entanto, no início de março, quando várias cidades paulistas já chegavam ao esgotamento de leitos de UTI, o governador decidiu enquadrá-los como essenciais.

 



À época, Doria usou o mote "esperança, fé e oração" para anunciar a medida. No entanto, dez dias depois, com a escalada de hospitalizações e mortes, o governador recuou e suspendeu a permissão para cultos religiosos -durante a fase emergencial, os fiéis só podem ir rezar individualmente nos templos.

Uma decisão individual do ministro Kassio Nunes, às vésperas da Páscoa, liberou os cultos religiosos em todo o país, mesmo em locais em que prefeitos e governadores haviam imposto restrições.


O ministro Gilmar Mendes, por sua vez, manteve o veto à realização dos cultos em São Paulo. É essa ação que será analisada nesta quarta, mas o julgamento deve fixar regras para todo o país.