Chile aprova o uso da vacina chinesa anticovid CanSino
Imunizante se somará às vacinas já aprovadas da Pfizer/BioNTech e Sinovac, que atualmente estão sendo fornecidas no sul do país
O Chile aprovou nesta quarta-feira (7) o uso emergencial da vacina chinesa CanSino Biologics contra o coronavírus, a quarta autorizada pelo governo deste país sul-americano afetado pela segunda onda da pandemia, informou o Instituto de Saúde Pública.
A CanSino se somará às vacinas já aprovadas da Pfizer/BioNTech e Sinovac, que atualmente estão sendo fornecidas no sul do país. Também foi aprovado uso da vacina da AstraZeneca, porém ainda não há nenhuma dose produzida no Chile.
"A aprovação é entre 18 e 60 anos e a razão tem a ver com a maioria dos estudos que foram realizados nessa idade, não há detalhes específicos com relação a idades maiores (...) considerando que ainda temos vacinada a população maior de 55 anos no Chile", disse o diretor do ISP, Heriberto García.
O funcionário garantiu que a efetividade da vacina CanSino é de 74% segundo um estudo realizado no Paquistão. Diferente do resto das aprovadas no Chile, essa é de dose única.
"Os dados disponíveis apontam que com o tempo esta vacina vai perdendo a resposta imune segura. Entretanto, não sabemos até quanto tempo dura sua efetividade. Portanto, estudos posteriores podem dizer se será necessária uma segunda dose de reforço, por isso demos a aprovação", destacou García.
O Chile havia comprado no final de março 1,8 milhões de doses desta vacina, que se juntam às 35 milhões que o governo já comprou com outros laboratórios para avançar em seu amplo processo de imunização.
A aprovação é registrada no momento que o Chile chegou a 7,1 milhões de pessoas vacinadas com pelo menos uma dose e 4,1 milhões que já receberam ambas. Com esses números, cerca de 27,6% da população já recebeu a vacina e cumpre as expectativas da campanha (15,2 milhões sobre um total de 19 milhões de habitantes do país).
Os dados posicionaram o Chile como o país com o melhor ritmo de vacinação de sua população na América Latina. Esse processo ocorre paralelamente a uma alta sustentada dos novos contágios do coronavírus, com números diários recordes de casos que têm superado os números da primeira onda, com mais de 8 mil novos infectados por dia.
Desde a detecção do primeiro caso de coronavírus no Chile em 3 de março de 2020, o país acumula 1.042.022 casos e 23.796 mortes.