Pesquisa detecta possível nova variante do coronavírus com 18 mutações em Belo Horizonte
Pesquisadores ainda analisam se as mutações identificadas podem causar maior transmissão ou provocarem quadros mais graves
Um estudo liderado por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) identificou uma possível nova variante do coronavírus circulando em Belo Horizonte. A cepa reúne 18 mutações em relação ao vírus original, detectado pela primeira vez em Wuhan, na China.
Os pesquisadores sequenciaram 85 genomas de amostras do novo coronavírus coletadas na região metropolitana de BH. Dentre essas amostras, foram encontrados dois novos genomas com mutações que ainda não são conhecidas pela ciência. As informações são do R7.
"Dois dos genomas descritos, oriundos de amostras não relacionadas geograficamente, demonstram a presença de um conjunto único de 18 mutações nunca anteriormente descrito em genomas de Sars-CoV-2", destacou o comunicado dos pesquisadores.
Cerca de 48% das amostras coletadas eram da variante P2, descoberta no Rio de Janeiro, enquanto 35% eram a variante amazônica do novo coronavírus, identificada como P1.
A pesquisa foi feita por membros do Laboratório de Biologia Interativa do ICB (Instituto de Ciências Biológicas) em parceria com o Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Prefeitura de Belo Horizonte e o Grupo Pardini.