'Foi uma partida atípica', declara João Brigatti após derrota para o Botafogo/PB

Técnico voltou a citar falta de treinos, além da chuva pesada e elenco misto como motivos para o revés em casa

Em duelo que marcou a despedida do zagueiro e capitão coral, Danny Morais, o Santa Cruz perdeu em casa para o Botafogo/PB, neste sábado (10), por 1x0, num duelo entre eliminados na Copa do Nordeste. A partida, válida pela oitava rodada da competição regional, teve um Tricolor escalado com time misto, que sofreu com a forte chuva e o jogo truncado dos paraibanos, que cometiam muitas faltas.

“Foi uma partida atípica. Não valendo nada em relação a pontuação, numa competição em que já estávamos eliminados - assim como o Botafogo/PB - mas que vale para fazer análises de atletas e do coletivo da equipe”, declarou Brigatti, que usou a partida como teste para jovens da base e reforços recém-chegados ao Santa, como Derley, que foi um dos destaques do time.

Logo aos 10 minutos de jogo, Brigatti fez sua primeira substitição: William Alves entrou no lugar de Danny Morais que selou, assim, o fim da sua carreira como jogador. O treinador desejou “sorte na carreira e vida pessoal” do agora ex-zagueiro e capitão coral.

“Começamos bem no início do primeiro tempo. Deixamos a desejar principalmente no segundo tempo. O time sentiu um cansaço, o gramado pesado e muita chuva”, argumentou. “Tenho que pedir desculpas para o torcedor porque não nos comportamos bem durante este campeonato. Só que o trabalho tem que continuar.”

Brigatti escalou um time misto já mirando a decisão da Copa do Brasil contra o Cianorte/PR, na próxima terça-feira (13). “Já passei para os atletas agora, no vestiário, que nossa cabeça tem que estar focada no Cianorte. Uma partida extremamente difícil e valiosa. E acredito que a partir de amanhã já começamos a trabalhar para fazer uma apresentação convincente e buscar a classificação na Copa do Brasil.”

Dentre os motivos para a derrota, o treinador novamente culpou a falta de tempo para implementar seu estilo de jogo. “O que mais preocupa, na verdade, é o que já bati em cima: a falta de tempo para poder dar um padrão de jogo para a equipe. Fica difícil acertar uma equipe só no quadro tático. Para você ter uma ideia, nós jogamos na quarta-feira. Na quinta teve trabalho regenerativo, na sexta iriamos pra o trabalho de campo, mas seis atletas não puderam treinar… você não consegue propor aquilo que quer na equipe, já que não há treinamentos”, argumentou.

“Apesar de o Cianorte/PR ter jogado poucas partidas esta temporada, é uma equipe que já está há um ano e meio jogando junta, com o mesmo treinador. Que se defende muito bem, principalmente a linha de quatro, atrás, que é muito sólida. Tem extremos com velocidade, um meio de campo razoável e vai nos trazer problemas. Mas, como falei, é jogo a jogo. Temos que estar focados e determinados”, concluiu.

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