VACINA

Consórcio da OMS vai entregar ao Brasil 842.400 mil doses da Pfizer em junho, diz governo

Os imunizantes devem ser contabilizados na previsão total de 42,5 milhões de doses que o Brasil tem contratado com o consórcio

Vacina da Pfizer contra Covid-19 - Brendan Smialowski/AFP

O consórcio Covax Facility, iniciativa vinculada à Organização Mundial de Saúde (OMS), informou ao governo brasileiro que entregará, em junho, um lote de 842.400 doses da vacina contra a Covid-19 fabricada pela Pfizer.

A informação foi confirmada em nota conjunta do Itamaraty e do Ministério da Saúde.

Os imunizantes devem ser contabilizados na previsão total de 42,5 milhões de doses que o Brasil tem contratado com a Covax Facility.

Até o momento, o país recebeu 1 milhão de doses da empresa AstraZeneca por meio do consórcio internacional. Existe uma previsão de que 8 milhões de vacinas do mesmo laboratório cheguem em maio, mas o cronograma pode atrasar por problemas técnicos com a fábrica fornecedora, localizada na Coreia do Sul.

O consórcio da OMS distribui as vacinas a partir de lotes ofertados pelas fabricantes.

O governo brasileiro tem contrato direto com a farmacêutica americana para o recebimento de 100 milhões de doses até o final do ano, para além do lote fornecido pela Covax Facility.

O contrato foi assinado após meses de negociações, o que motivou críticas contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Conforme o jornal Folha de S.Paulo publicou, o governo brasileiro rejeitou em 2020 ao menos três propostas da Pfizer que previam entrega de 70 milhões de doses de vacinas até dezembro deste ano. Desse total, 3 milhões estavam previstos até fevereiro, o equivalente a cerca de 20% das doses já distribuídas no país na ocasião.

Antes de anunciar o acordo, o governo vinha fazendo críticas à empresa, alegando que cláusulas "leoninas" impediam o contrato.

A principal crítica era em relação a uma cláusula que previa isenção de responsabilidade da empresa em caso de eventos adversos da vacina – exigência já usada em outros países.

De acordo com especialistas, o fato de o Brasil finalmente ter fechado o contrato facilita o recebimento de doses adicionais pela Covax Facility, uma vez que a farmacêutica americana demanda compromissos semelhantes no mecanismo.

Além da OMS, participam da aliança da Covax a Coalizão para Promoção de Inovações em prol da Preparação para Epidemias, a Aliança Mundial para Vacinas e Imunização e o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).